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Deutsche recomenda cautela em oferta pública da Dasa

Banco recomenda a manutenção das ações e afirma que há mais chances de que a oferta seja bem-sucedida do que de fracasso

Laboratório de análises da Dasa: Cromossomo Participações fará uma oferta pública para aquisição de uma fatia adicional,da Dasa nesta quarta (EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 16h45.

São Paulo - Em relatório enviado a clientes, analistas do banco de investimentos Deutsche Bank recomendam cautela ao negociar ações da empresa de diagnósticos Dasa . Na quarta-feira, a Cromossomo Participações, empresa que tem 23,6% de participação na Dasa, fará uma oferta pública para aquisição de uma fatia adicional, tornando-se a controladora da companhia.

No relatório, assinado pelo analista Josh Milberg, o banco recomenda a manutenção das ações da Dasa e afirma que há mais chances de que a oferta seja bem-sucedida do que de fracasso. Contudo, Milberg afirma que, dadas as recentes informações veiculadas pela imprensa, pode haver algum risco de queda no preço dos papéis.

A oferta de aquisição foi anunciada no fim do ano passado pelo empresário Edson Bueno que, junto com sua ex-mulher, Dulce Bueno, possui 23,6% da Dasa, por meio da Cromossomo Participações. O empresário manifestou o desejo de comprar uma fatia adicional de 26,41% mais uma ação da Dasa para se tornar acionista controlador da companhia. A Dasa tem valor de mercado estimado em R$ 4,6 bilhões.

O preço oferecido por ação na operação é de R$ 15. Se esse valor for rejeitado pelos acionistas, na visão do Deutsche, Bueno deve subir o preço da oferta. “Mas nossa visão é a de que ele não fará isso no longo prazo”, diz o relatório.

Segundo o operador de ações de uma grande corretora, há risco de a operação não ser concluída. Os maiores acionistas minoritários, Oppenheimer, Tarpon e Petros, não têm intenção de vender suas ações, o que, de acordo com esse profissional, aumenta as chances de o leilão não alcançar a condição de eficiência e ser cancelado.

Contudo, caso a oferta seja concluída, o analista do Deutsche Bank acredita que há grandes chances de haver uma segunda operação semelhante. Na primeira quinzena de janeiro, os controladores da Dasa afirmaram que o preço oferecido por Bueno é justo, e expressaram seu apoio à operação. Mas eles deixaram claro também que a oferta do empresário não atende às exigências dos dispositivos contra aquisições hostis (as chamadas pílulas de veneno) presentes no estatuto da companhia.

Essas cláusulas preveem que, no caso de uma oferta pública de aquisição de ações, o ofertante deve apresentar um preço que considere uma avaliação econômica da empresa, diferentemente da proposta de Bueno.

Assim, depois da conclusão da operação, o empresário deve ser compelido a realizar uma segunda oferta, que atenda às exigências do estatuto. Na visão do analista do Deutsche, porém a chance de uma avaliação econômica levar a um preço acima de R$ 15 por ação é pequena.

No pregão de hoje, as ações ON da Dasa operam em queda de 1,01%, negociadas a R$ 14,70. O Índice Bovespa cai 0,89%, chegando a 48.744 pontos.

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São Paulo - Em relatório enviado a clientes, analistas do banco de investimentos Deutsche Bank recomendam cautela ao negociar ações da empresa de diagnósticos Dasa . Na quarta-feira, a Cromossomo Participações, empresa que tem 23,6% de participação na Dasa, fará uma oferta pública para aquisição de uma fatia adicional, tornando-se a controladora da companhia.

No relatório, assinado pelo analista Josh Milberg, o banco recomenda a manutenção das ações da Dasa e afirma que há mais chances de que a oferta seja bem-sucedida do que de fracasso. Contudo, Milberg afirma que, dadas as recentes informações veiculadas pela imprensa, pode haver algum risco de queda no preço dos papéis.

A oferta de aquisição foi anunciada no fim do ano passado pelo empresário Edson Bueno que, junto com sua ex-mulher, Dulce Bueno, possui 23,6% da Dasa, por meio da Cromossomo Participações. O empresário manifestou o desejo de comprar uma fatia adicional de 26,41% mais uma ação da Dasa para se tornar acionista controlador da companhia. A Dasa tem valor de mercado estimado em R$ 4,6 bilhões.

O preço oferecido por ação na operação é de R$ 15. Se esse valor for rejeitado pelos acionistas, na visão do Deutsche, Bueno deve subir o preço da oferta. “Mas nossa visão é a de que ele não fará isso no longo prazo”, diz o relatório.

Segundo o operador de ações de uma grande corretora, há risco de a operação não ser concluída. Os maiores acionistas minoritários, Oppenheimer, Tarpon e Petros, não têm intenção de vender suas ações, o que, de acordo com esse profissional, aumenta as chances de o leilão não alcançar a condição de eficiência e ser cancelado.

Contudo, caso a oferta seja concluída, o analista do Deutsche Bank acredita que há grandes chances de haver uma segunda operação semelhante. Na primeira quinzena de janeiro, os controladores da Dasa afirmaram que o preço oferecido por Bueno é justo, e expressaram seu apoio à operação. Mas eles deixaram claro também que a oferta do empresário não atende às exigências dos dispositivos contra aquisições hostis (as chamadas pílulas de veneno) presentes no estatuto da companhia.

Essas cláusulas preveem que, no caso de uma oferta pública de aquisição de ações, o ofertante deve apresentar um preço que considere uma avaliação econômica da empresa, diferentemente da proposta de Bueno.

Assim, depois da conclusão da operação, o empresário deve ser compelido a realizar uma segunda oferta, que atenda às exigências do estatuto. Na visão do analista do Deutsche, porém a chance de uma avaliação econômica levar a um preço acima de R$ 15 por ação é pequena.

No pregão de hoje, as ações ON da Dasa operam em queda de 1,01%, negociadas a R$ 14,70. O Índice Bovespa cai 0,89%, chegando a 48.744 pontos.

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