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Deutsche Boerse e Nyse estão perto de acordo de fusão

Onda de consolidação no setor pode ser atrapalhada pelo nacionalismo em alguns países

Bolsa de Frankfurt: obstáculos políticos e regulatórios podem atrapalhar fusão com Nyse (Ralph Orlowski/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2011 às 07h21.

Sydney/Nova York - A Deutsche Boerse e a Nyse Euronext devem anunciar um acordo para criar a maior operadora de bolsa de valores do mundo ainda nesta terça-feira, deixando de lado questões políticas que ameaçam uma conclusão bem sucedida.

Ressaltando como preocupações políticas estão pesando na onda de consolidação que varre o setor, a Singapore Exchange alterou sua proposta de 7,9 bilhões de dólares pela rival ASX para permitir mais diretores australianos em um conselho de administração combinado entre as bolsas. A Singapore tenta ganhar apoio de parlamentares australianos, preocupados em ceder o controle da bolsa de valores do país.

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O nacionalismo é um dos principais obstáculos para fusões na indústria uma vez que bolsas de valores ao redor do mundo são consideradas como símbolos de orgulho nacional e importantes para a atração de negócios e capitais. As transações, inclundo oferta da London Stock Exchange pelo TMX Group, controlador da bolsa de valores de Toronto, enfrentam intensa análise por reguladores e políticos ao redor do mundo.

Uma série de detalhes importantes na fusão da Deutsche Boerse com a Nyse Euronext foram concluídos, afirmaram fontes. Um acordo definitivo é esperado para ser anunciado nesta terça-feira, informou uma fonte.

Mas vários obstáculos difíceis precisam ainda ser endereçados, o que provavelmente vai adicionar preocupações crescentes em ambos os lados do Atlântico.

Políticos também são considerados como a força por trás da revisão do plano da SGX que dá um número igual de lugares no conselho da nova entidade combinada a diretores da Austrália e de Cingapura. Anteriormente, o número de assentos disponibilizado para os australianos era menos que a metade.

As bolsas informaram em comunicado conjunto nesta terça-feira que haverá três diretores "internacionais" também, mas eles inicialmente virão do conselho da SGX. O tamanho do conselho será reduzido de 15 para 13.

"Toda a resistência para um acordo tem sido política. Os passos tomados hoje devem resolver algumas das questões políticas", afirmou Mark Nathan, gerente de portfólio na Arnhem Investments. "Ele claramente mantém alguma soberania para a Austrália e deve haver muito menos resistência para um acordo sob este novo formato."

Obstáculos políticos e regulatórios semelhantes podem ameaçar a aliança da Deutsche Boerse com a Nyse Euronext.

"A grande pergunta em geral é obviamente o cenário político e regulatório europeu que virá depois disso", disse uma fonte.

As companhias baseadas em Frankfurt e Nova York estão no centro de um palco de fusões montado na semana passada e esquentado na segunda-feira depois que a BMF&Bovespa afirmou que está atenta a oportunidades e que tem particular interesse no continente asiático. A bolsa brasileira é a quarta maior do mundo em capitalização de mercado e já mantém aliança com o norte-americano CME Group.

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