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Desistência da Vanguarda abre oportunidade na Brasil Ecodiesel

Socopa Corretora aposta nos papéis da companhia em início de cobertura das ações

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 10h30.

São Paulo – A decisão da Brasil Ecodiesel (ECOD3) de vetar a proposta de incorporação da produtora de soja e algodão Vanguarda frustrou o mercado no passado, mas abriu desde então uma oportunidade de entrada nos papéis da companhia, que tem potencial de valorização superior a 50% em 12 meses, alerta a Socopa Corretora.

Em início de cobertura das ações, o analista Osmar Cesar Camilo atribuiu a recomendação acima da média do mercado, estabelecendo o preço-alvo de 1 real em 12 meses para os papéis ordinários, o que representa um potencial de avanço de 51,5% frente à cotação de 0,66 real vista no fechamento do pregão de ontem (30).

Em relatório, Camilo explicou que a desistência da Vanguarda não agradou porque a operação “faria bastante sentido (para a Brasil Ecodiesel), uma vez que ativos com características semelhantes estão escassos atualmente”.

Apesar disso, Camilo acredita que a união da companhia com outras empresas do setor não está descartada. “O novo perfil consolidador da Brasil Ecodiesel no agronegócio permitirá o surgimento de novas oportunidades, ou mesmo a retomada de antigas negociações no futuro”.

“A recente incorporação da Maeda revelou a disposição da empresa em aproveitar a oportunidade de integrar suas atividades de produção de biocombustíveis com a produção de alimentos e commodities agrícolas”, destacou Camilo.

Biocombustível

O analista da Socopa também acredita a Brasil Ecodiesel está bem posicionada para operar na produção de biodiesel, cuja capacidade ociosa “atenderia com folga uma maior porcentagem de mistura óleo diesel-biodiesel”, atualmente fixada em 5%.

Camilo alerta que a companhia poderá reduzir custos de produção e, de certa forma, proteger-se naturalmente das oscilações dos preços da soja e do óleo de soja, principal insumo do biodiesel.

“As perspectivas para o setor agrícola continuam boas para o curto prazo, mas muito mais promissoras no longo prazo. As características brasileiras para a produção de alimentos são únicas no mundo e serão essenciais para o desenvolvimento do país nas próximas décadas”, conclui.

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