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Descoberta recorde da Petrobras preocupa investidores

Desde que a ANP dobrou a estimativa para o campo de Libra, em 23 de maio, as ações da estatal negociadas em Nova York caíram 5,3 por cento

Para a Petrobras, mais petróleo significa mais investimentos e dívida para uma companhia que já tem o segundo maior plano de negócios do mundo (REUTERS/Sergio Moraes)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 09h16.

São Paulo - Os investidores da Petróleo Brasileiro SA , petrolífera mais endividada do mundo, não estão comemorando a maior descoberta de petróleo do País.

Desde que a Agência Nacional de Petróleo dobrou a estimativa para o campo de Libra para até 12 bilhões de barris, em 23 de maio, as ações da estatal negociadas em Nova York caíram 5,3 por cento, o pior desempenho entre 15 pares acompanhados pela Bloomberg.

As novas estimativas colocam o campo na posição de maior do Brasil, enquanto o País se prepara para trazer parceiros para começar a produção.

Para a Petrobras, mais petróleo significa mais investimentos e dívida para uma companhia que já tem o segundo maior plano de negócios do mundo e está pressionada em termos de funcionários e equipamentos.

A petrolífera, com sede no Rio de Janeiro, vai pagar um bônus multibilionário em dólares pelo campo de Libra, no momento em que sacrifica receitas de venda de combustíveis como parte da política do governo de controlar a inflação. A Petrobras vende gasolina e diesel importados com prejuízo desde o final de 2010.

“Eles não têm escassez de reservas, então outra nova descoberta não vai alterar o medidor”, disse Nick Robinson, diretor de renda variável para Brasil na Aberdeen Asset Management Plc, que tem cerca de US$ 15 bilhões em ações latino- americanas, incluindo papéis da Petrobras. “A grande questão para a Petrobras é geração de fluxo de caixa”, disse Robinson em entrevista por telefone.

O bônus a ser pago pelo campo de Libra provavelmente será de cerca de R$ 20 bilhões, dos quais a Petrobras pagará pelo menos 30 por cento, disse Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, empresa de consultoria no Rio de Janeiro.

A Petrobras não respondeu a e-mail e telefonema da Bloomberg pedindo comentários sobre o valor do bônus e sua capacidade de financiar o projeto. O Ministério de Minas e Energia não quis comentar o valor do bônus.

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São Paulo - Os investidores da Petróleo Brasileiro SA , petrolífera mais endividada do mundo, não estão comemorando a maior descoberta de petróleo do País.

Desde que a Agência Nacional de Petróleo dobrou a estimativa para o campo de Libra para até 12 bilhões de barris, em 23 de maio, as ações da estatal negociadas em Nova York caíram 5,3 por cento, o pior desempenho entre 15 pares acompanhados pela Bloomberg.

As novas estimativas colocam o campo na posição de maior do Brasil, enquanto o País se prepara para trazer parceiros para começar a produção.

Para a Petrobras, mais petróleo significa mais investimentos e dívida para uma companhia que já tem o segundo maior plano de negócios do mundo e está pressionada em termos de funcionários e equipamentos.

A petrolífera, com sede no Rio de Janeiro, vai pagar um bônus multibilionário em dólares pelo campo de Libra, no momento em que sacrifica receitas de venda de combustíveis como parte da política do governo de controlar a inflação. A Petrobras vende gasolina e diesel importados com prejuízo desde o final de 2010.

“Eles não têm escassez de reservas, então outra nova descoberta não vai alterar o medidor”, disse Nick Robinson, diretor de renda variável para Brasil na Aberdeen Asset Management Plc, que tem cerca de US$ 15 bilhões em ações latino- americanas, incluindo papéis da Petrobras. “A grande questão para a Petrobras é geração de fluxo de caixa”, disse Robinson em entrevista por telefone.

O bônus a ser pago pelo campo de Libra provavelmente será de cerca de R$ 20 bilhões, dos quais a Petrobras pagará pelo menos 30 por cento, disse Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, empresa de consultoria no Rio de Janeiro.

A Petrobras não respondeu a e-mail e telefonema da Bloomberg pedindo comentários sobre o valor do bônus e sua capacidade de financiar o projeto. O Ministério de Minas e Energia não quis comentar o valor do bônus.

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