São Paulo - O dólar operava com leve alta ante o real nesta quinta-feira, num leve movimento de correção à recente perda de pouco mais de 2 por cento dos dois últimos pregões sendo segurado pela continuidade de zeragem de posições compradas, quando há apostas de alta do dólar.

A cena política continuava no radar dos investidores, a poucos meses das eleições e na reta final para os partidos fecharem suas coligações.

Às 10:17, o dólar avançava 0,47 por cento, a 3,7197 reais na venda, depois de acumular perdas de 2,14 por cento nos dois pregões passados. O dólar futuro tinha valorização de cerca de 0,80 por cento.

"Os investidores estavam muito comprados e, de repente, veio a percepção de que mesmo se tivermos um aquecimento em torno das eleições, o dólar não vai disparar... está havendo diminuição dessas posições", afirmou o sócio da NGO Corretora Sidnei Nehme.

Nesta manhã, o blocão, grupo formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, vai anunciar formalmente o apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin.

O mercado já havia reagido bem a essa notícia, conhecida no final da semana passada, quando trouxe mais ânimo aos investidores, que consideram o tucano mais comprometido com as reformas econômicas, sobretudo de cunho fiscal.

No mercado internacional, o dólar exibia leves oscilações ante uma cesta de moedas e subia ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

O Banco Central brasileiro anunciou leilão de até 14 mil swaps tradicionais para esta sessão, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões de dólares.