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Depois de forte alta na semana, dólar opera perto da estabilidade

Moeda chegou a bater R$ 3,50 na sessão anterior e encerrou a R$ 3,48; hoje, opera perto da estabilidade

Dólar: cautela no mercado externo persiste (Tsokur/Thinkstock)

Dólar: cautela no mercado externo persiste (Tsokur/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 26 de abril de 2018 às 10h34.

Última atualização em 26 de abril de 2018 às 10h39.

São Paulo - Após marcar cinco pregões seguidos de alta, o dólar tinha leves variações ante o real nesta quinta-feira, com os investidores ainda cautelosos com ritmo mais intenso da economia dos Estados Unidos, que pode levar a juros mais altos do que o esperado no país e reduzir o apetite por ativos considerados de maior risco.

Às 10:32, o dólar avançava 0,27 por cento, a 3,4955 reais na venda, depois de subir 3,13 por cento nos cinco pregões anteriores. O dólar futuro tinha leve ata de cerca de 0,20 por cento.

"O mercado está esperando os números do Produto Interno Bruto (dos Estados Unidos), que podem reforçar as apostas de aperto de juros mais intenso neste ano", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

No dia seguinte, será divulgado o primeiro resultado do PIB do primeiro trimestre deste ano dos EUA e, segundo levantamento da Reuters com analistas, as projeções são de alta de 2 por cento anualizada.

Nos últimos dias, cresceu o temor nos mercados globais de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar os juros mais vezes neste ano diante de sinais de melhor desempenho da economia dos Estados Unidos e inflação maior.

Juros elevados no país têm potencial para atrair recursos aplicados hoje em praças financeiras consideradas de maior risco, como a brasileira.

Com isso, o rendimento dos Treasuries de 10 anos do país, referência dos mercados, chegou a ir acima de 3 por cento, nível mais alto desde o início de 2014. Nesta sessão, eles eram negociados um pouco abaixo desse patamar após novos dados dos Estados Unidos, como pedidos de auxílio-desemprego, que caíram para seu nível mais baixo em mais de 48 anos, e encomendas de bens duráveis subindo acima do esperado.

No exterior, o dólar operava com leva baixa ante uma cesta de moedas e divisas de alguns países emergentes, como o peso chileno.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em maio e somam 2,565 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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