De olho no exterior e pós-Copom, dólar tem leve baixa
Alta do mercado acionário e do juro futuro pressionaram a divisa norte-americano para baixo
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 18h12.
São Paulo - O dólar encerrou nesta quinta-feira em leve declínio, acompanhando oscilações no apetite por risco no exterior e reagindo, um dia após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), à elevação dos juros futuros. O compasso foi de espera, no entanto, diante da expectativa dos investidores em câmbio com a divulgação na sexta-feira (18) de indicadores econômicos na China.
A divisa norte-americana iniciou em declínio, oscilando em baixa durante a manhã, mas, no início da segunda parte da sessão, passou de um leve recuo para o terreno positivo. "O dólar não caiu mais porque houve saídas grandes (de recursos)", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.
Do meio para o fim da sessão, no entanto, o dólar retomou o sinal negativo para terminar em leve baixa. "Se de um lado houve demanda compradora de dólar, houve também apetite por risco, com Bolsas em alta no Brasil e no exterior, e o mercado de juro futuro está projetando taxas em elevação, ajudando na puxada do dólar para baixo", disse um operador. O apetite por risco foi alimentado, entre outras razões, por dados da economia dos EUA, leilão de bônus na Europa, que favoreceu o euro, e perspectiva de estímulos adicionais no Japão.
No encerramento desta quinta-feira, o dólar ficou em R$ 2,043, com leve queda de 0,05%. O abrandamento do declínio no País ocorreu em sintonia com a oscilação da moeda dos EUA ante divisas de elevada correlação com os preços das commodities e o dólar Index, que também tinham o recuo amenizado em torno do horário do fechamento do dólar à vista no mercado brasileiro. Perto das 16h30, o dólar norte-americano recuava 0,10% ante o canadense e perdia 0,05% ante o neozelandês e o dólar Index cedia 0,10%.
Na máxima cotação no mercado à vista de balcão, o dólar tocou R$ 2,0460 e chegou a R$ 2,0390 na mínima do dia. Na BM&F, o dólar pronto fechou em leve alta (0,07%), cotado a R$ 2,0430 e dois negócios. Em torno das 16h30, o giro financeiro somava US$ 1,951 bilhão. O dólar para fevereiro, no mesmo horário, caía 0,15%, cotado a R$ 2,0450.
O Copom fez alterações em seu comunicado ao citar que o balanço de riscos para a inflação apresentou piora no curto prazo e que a recuperação da atividade doméstica é menos intensa do que o esperado, mantendo a sinalização sobre a taxa Selic estável por um período de tempo suficientemente prolongado. Pressão sobre a inflação, argumentam analistas, favorece um real mais apreciado como contribuição para o controle de preços.
Na avaliação do diretor da Moody´s Analytics para a América Latina, Alfredo Coutiño, "juros baixos deverão restaurar certa competitividade da moeda e devem ajudar a indústria nacional a ganhar fôlego".
O diretor de pesquisa para mercados emergentes do RBC Capital Markets, Nick Chamie, considera que o foco intensificado na inflação, no comunicado do Copom, é parte da estratégia do governo para ancorar expectativas. A estratégia, prosseguiu ele em relatório distribuído clientes, também incluiu o fortalecimento do real, com o dólar no intervalo de R$ 2,00 a R$ 2,06.
Os agentes financeiros seguirão atentos à divulgação de dados econômicos da China, entre eles, PIB do quarto trimestre e dados da indústria e do varejo.
São Paulo - O dólar encerrou nesta quinta-feira em leve declínio, acompanhando oscilações no apetite por risco no exterior e reagindo, um dia após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), à elevação dos juros futuros. O compasso foi de espera, no entanto, diante da expectativa dos investidores em câmbio com a divulgação na sexta-feira (18) de indicadores econômicos na China.
A divisa norte-americana iniciou em declínio, oscilando em baixa durante a manhã, mas, no início da segunda parte da sessão, passou de um leve recuo para o terreno positivo. "O dólar não caiu mais porque houve saídas grandes (de recursos)", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.
Do meio para o fim da sessão, no entanto, o dólar retomou o sinal negativo para terminar em leve baixa. "Se de um lado houve demanda compradora de dólar, houve também apetite por risco, com Bolsas em alta no Brasil e no exterior, e o mercado de juro futuro está projetando taxas em elevação, ajudando na puxada do dólar para baixo", disse um operador. O apetite por risco foi alimentado, entre outras razões, por dados da economia dos EUA, leilão de bônus na Europa, que favoreceu o euro, e perspectiva de estímulos adicionais no Japão.
No encerramento desta quinta-feira, o dólar ficou em R$ 2,043, com leve queda de 0,05%. O abrandamento do declínio no País ocorreu em sintonia com a oscilação da moeda dos EUA ante divisas de elevada correlação com os preços das commodities e o dólar Index, que também tinham o recuo amenizado em torno do horário do fechamento do dólar à vista no mercado brasileiro. Perto das 16h30, o dólar norte-americano recuava 0,10% ante o canadense e perdia 0,05% ante o neozelandês e o dólar Index cedia 0,10%.
Na máxima cotação no mercado à vista de balcão, o dólar tocou R$ 2,0460 e chegou a R$ 2,0390 na mínima do dia. Na BM&F, o dólar pronto fechou em leve alta (0,07%), cotado a R$ 2,0430 e dois negócios. Em torno das 16h30, o giro financeiro somava US$ 1,951 bilhão. O dólar para fevereiro, no mesmo horário, caía 0,15%, cotado a R$ 2,0450.
O Copom fez alterações em seu comunicado ao citar que o balanço de riscos para a inflação apresentou piora no curto prazo e que a recuperação da atividade doméstica é menos intensa do que o esperado, mantendo a sinalização sobre a taxa Selic estável por um período de tempo suficientemente prolongado. Pressão sobre a inflação, argumentam analistas, favorece um real mais apreciado como contribuição para o controle de preços.
Na avaliação do diretor da Moody´s Analytics para a América Latina, Alfredo Coutiño, "juros baixos deverão restaurar certa competitividade da moeda e devem ajudar a indústria nacional a ganhar fôlego".
O diretor de pesquisa para mercados emergentes do RBC Capital Markets, Nick Chamie, considera que o foco intensificado na inflação, no comunicado do Copom, é parte da estratégia do governo para ancorar expectativas. A estratégia, prosseguiu ele em relatório distribuído clientes, também incluiu o fortalecimento do real, com o dólar no intervalo de R$ 2,00 a R$ 2,06.
Os agentes financeiros seguirão atentos à divulgação de dados econômicos da China, entre eles, PIB do quarto trimestre e dados da indústria e do varejo.