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De olho na reunião do Copom, DIs curtos pouco oscilam

Na prática, os operadores continuam divididos sobre os passos do Banco Central após a Selic atingir 9% ao ano

Haverá um novo corte de 0,25 ponto porcentual na Selic ou não? (Stock.xchng)

Haverá um novo corte de 0,25 ponto porcentual na Selic ou não? (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 17h11.

São Paulo - Com o mercado convicto sobre a redução de 0,75 ponto porcentual da Selic na próxima semana, que fariam com que os juros básicos recuassem de 9,75% para 9,00%, as taxas curtas dos contratos futuros de juros seguiram coladas no ajuste anterior, com variações pontuais ao longo da sessão. Nos contratos intermediários e longos, porém, as dúvidas sobre o desdobramento da política monetária, após a reunião da semana que vem do Copom, seguem provocando oscilações.

Na prática, os operadores continuam divididos sobre os passos do Banco Central após a Selic atingir 9,00% ao ano: haverá um novo corte de 0,25 ponto porcentual ou não? Nesta sexta-feira, as taxas dos vencimentos para janeiro de 2014, 2017 e 2021 recuaram sob a influência do cenário mais pessimista no exterior, após a divulgação do PIB da China e de notícias preocupantes sobre a Espanha. As vendas do varejo no Brasil, por sua vez, tiveram pouco efeito sobre as taxas.

Ao término da negociação normal da BM&F, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2013 (330.910 contratos) tinha taxa de 8,70%, ante 8,68% do ajuste de ontem. Já o DI de janeiro de 2014 (177.320 contratos) marcava 9,11%, ante 9,13% de ontem. Entre os contratos mais longos, o DI de janeiro de 2017 (31.360 contratos) tinha taxa de 10,26%, ante 10,28% do ajuste, enquanto o DI para janeiro de 2021 (950 contratos) estava em 10,73%, ante 10,75%.

Na terça-feira, a China anunciou um crescimento de 8,1% no primeiro trimestre deste ano, ante o mesmo período do ano passado, sendo que o mercado esperava por um crescimento de 8,3%. Este 0,2 ponto porcentual de diferença trouxe um viés pessimista para os negócios ao redor do mundo, o que foi intensificado pela Espanha. Nesta sexta-feira, o banco central do país informou que os bancos espanhóis elevaram de forma acentuada a tomada de empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) em março, para o valor recorde de 316,3 bilhões de euros.

"As taxas dos DIs caíram mais em função do cenário externo, que abriu com um sentimento pior devido à China", afirmou Paulo Petrassi, gerente de renda fixa da Leme Investimentos. Segundo ele, o mercado de juros já firmou consenso sobre a decisão de política monetária da semana que vem - de queda da Selic em 0,75 ponto porcentual -, mas "está difícil saber o que vem depois".

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas no varejo, pelo conceito restrito, caíram 0,5% em fevereiro ante janeiro e subiram 9,6% na comparação com fevereiro do ano passado. No caso do varejo ampliado - que inclui materiais de construção e veículos - as vendas caíram 1,1% na margem e subiram 2,5% na comparação anual.

Na tarde desta sexta-feira, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que a meta de superávit fiscal para 2013 continuará fixada de maneira nominal. Segundo a proposta de orçamento enviada pelo governo ao Congresso Nacional, a economia do setor público consolidado no próximo ano deverá ser de R$ 155,9 bilhões, equivalentes a 3,10% do PIB.

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