Mercados

Dasa diz que benefícios do Novo Mercado não valem custos

Empresa disse que a saída do segmento representará maior flexibilidade na sua estrutura de capital


	Laboratório da Dasa: em julho, a CVM pediu que a empresa divulgasse as razões para sua saída do Novo Mercado
 (EXAME)

Laboratório da Dasa: em julho, a CVM pediu que a empresa divulgasse as razões para sua saída do Novo Mercado (EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2015 às 11h29.

São Paulo - A companhia de diagnósticos Dasa defendeu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sua decisão de sair do Novo Mercado da BM&FBovespa, alegando que as regras e custos não condizem com os benefícios obtidos pela empresa do segmento de negociação.

Segundo comunicado enviado à CVM e divulgado nesta sexta-feira, a Dasa afirmou que a decisão de saída do Novo Mercado e a realização da oferta de aquisição de ações (OPA) é "do melhor interesse" da companhia e seus acionistas. A resposta da Dasa ocorreu após questionamento da CVM em julho sobre a operação.

A empresa disse que a saída do segmento representará maior flexibilidade na sua estrutura de capital, economia de custos administrativos e desoneração de regras de governança corporativa que, segundo a empresa, "não mais condizem com as vantagens aferidas pela listagem no Novo Mercado".

De acordo com a empresa, a saída da listagem não prejudica a capacidade da companhia de se financiar ou acessar o mercado de capitais e de crédito em geral, e não prejudica o valor da companhia e a liquidez de suas ações, que mais dependem da "capacidade desta de gerar valor adicional para seus acionistas".

A Dasa alegou ainda que a suposta vantagem do Novo Mercado, a possibilidade de se financiar a custos menores, tornou-se relativa.

"O que é corroborado pelo fato de as maiores companhias brasileiras em termos de valor de mercado e liquidez não serem listadas no Novo Mercado", escreveu a empresa.

Entre os benefícios apontados para a saída, a empresa apontou maior flexibilização em relação às regras de percentual mínimo de ações em circulação (25 por cento). A empresa pretende migrar para o segmento tradicional da bolsa em que tal regra não existe.

"Acreditamos que a companhia poderia oportunamente se valer da emissão de diferentes tipos de valores mobiliários, incluindo diferentes classes de ações preferenciais (...) como forma de se financiar sem aumentar seu endividamento", disse a Dasa. Essa flexibilização não coexiste com as regras do Novo Mercado, disse a empresa.

A Dasa disse também que o preço da OPA é aproximadamente 7,1 por cento superior ao preço de fechamento das ações em 24 de abril, e 5 por cento superior à média ponderada do preço das ações nos 90 dias anteriores a essa data.

Em julho, a CVM pediu que a empresa divulgasse as razões para sua saída do Novo Mercado, bem como os motivos pelos quais tal decisão estaria em conformidade com o interesse da companhia e dos acionistas. Procurada, a BM&FBovespa não se manifestou até o momento sobre o tema.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresCVMDasaEmpresasEmpresas abertasservicos-financeirosSetor de saúde

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado