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Dados fracos da China, corte de juros surpresa, Itaúsa, Nubank e o que mais move o mercado

Produção industrial chinesa desacelera e bolsas da Ásia fecham em queda junto com minério de ferro; dados atenuam rali nos Estados Unidos

Minério de ferro importado em Suzhou, província chinesa de Jiangsu (VCG/VCG/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 15 de agosto de 2022 às 07h44.

Última atualização em 15 de agosto de 2022 às 08h48.

Sinais de desaceleração da economia chinesa esfriaram o apetite ao risco no mercado internacional, após o rali impulsionado pela queda da inflação americana. Índices futuros operam em queda nos Estados Unidos, enquanto o dólar se valoriza contra as principais moedas do mundo.

As vendas do varejo chinês desaceleraram, em julho, de 3,1% de alta para 2,7% na comparação anual. A expectativa do mercado era de aceleração para 5% frente a julho de 2021. A produção industrial também desapontou, com crescimento de 3,8% ante consenso de 4,6% de alta. A expansão foi de 3,9% em junho.

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Os sinais de enfraquecimento econômico provocaram reação inesperada de autoridades locais. O Banco Popular da China, o BC chinês, cortou taxas de empréstimos de médio prazo em 0,10 ponto percentual, de 2,85% para 2,75%, e a taxa de recompra reversa para 2%.

A injeção de liquidez do banco central da China ajudou a atenuar as perdas do mercado asiático, mas não impediu que os principais indicadores fechassem em queda. Além das bolsas de Hong Kong e Xangai, o minério de ferro encerrou em baixa em Dalian. A commodity caiu 2,9% para próximo de US$104,64, segundo a Reuters.

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Desempenho dos indicadores às 7h40 (de Brasília):

Agenda com Focus e ata do Fed na semana

A queda dos juros chineses vai na contramão dos principais bancos centrais do mundo, que estão no meio de ciclo de alta de juros.  O Federal Reserve (Fed), que já elevou suas taxas de perto de 0% para 2,5%, irá divulgar a ata de sua última reunião de política monetária nesta quarta.

As expectativas para a próxima decisão estão divididas, em cerca de 50% para uma elevação de 0,50 ponto percentual e 50% para uma alta de 0,75, que levaria o juro para entre 3% e 3,25%

No Brasil, crescem as perspectivas de que o Banco Central interrompa a sequência de altas de juros, sem novos ajustes até o fim do ano. Estimativas sobre a Selic e principais indicadores econômicos, por sinal, serão atualizadas nesta segunda, com a divulgação do boletim Focus.

Balanços do dia com Itaúsa e Nubank

No radar, ainda estarão os cerca de 20 balanços trimestrais que serão divulgados por empresas brasileiras nesta segunda. Entre os mais aguardados estão os resultados do Nubank (NUBR33), Itaúsa (ITSA4) e IRB (IRBR3), previstos para esta noite.

Para após o encerramento do pregão ainda estão previstos os balanços de Rede D'Or (RDOR3), Yduqs (YDUQS3), Multilaser (MLSA3), Méliuz (CASH3), EspaçoLaser (ESPA3), Caixa Seguradora (CXSE3), Vibra (VBBR3), GetNinjas (NINJ3), Dotz (DOTZ3). Ânima (ANIM3), CSN Mineração (CMIN3) e Omega (MEGA3) divulgam resultados nesta manhã.

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