São Paulo- A Bovespa operava no azul no fim da manhã desta segunda-feira, com investidores analisando dados melhores que o esperado sobre a indústria chinesa, mas exibia ganhos limitados em meio à queda dos papéis do setor imobiliário. Às 11h21, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,41 por cento, a 54.331 pontos. O giro financeiro do pregão era de 995,4 milhões de reais.

Ações como as da mineradora Vale respondiam favoravelmente a dados do setor industrial da China, que cresceu no ritmo mais rápido em seis meses em setembro, mostrou o Índice de Gerentes de Compras(PMI) preliminar do HSBC.

O índice atingiu 51,2 em setembro ante 50,1 em agosto, máxima que não era vista desde março, indicando melhora na demanda externa e resiliência do consumo interno.

"O dado mostra que houve uma melhora (da economia) no curto prazo, o que traz um otimismo um pouco maior para países emergentes. Se você olhar lá fora, vê que Estados Unidos e Europa estão menos influenciados", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.

Papéis do setor financeiro como Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Santander Brasil também ajudavam a levantar o índice. Analistas do Credit Suisse recomendaram aumento de exposição dos investidores a ações do setor bancário do Brasil, com expectativa de que instituições financeiras do país estejam embarcando em um ciclo duradouro de crescimento de dois dígitos no lucro. Na outra ponta, limitava ganhos maiores do Ibovespa o setor imobiliário, possivelmente influenciado pela alta dos juros mais longos nesta sessão, segundo Mendonça. Fora do índice, a ação do Bicbanco disparava mais de 15 por cento, em meio a rumores de que o banco estaria sendo vendido.

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Em comunicado, a instituição financeira não chegou a negar eventual existência de negociações, mas afirmou "que não há quaisquer documentos vinculativos celebrados com quaisquer terceiros dispondo sobre a alienação do controle acionário da companhia".

No pano de fundo, contribuía ainda para que a bolsa avançasse com pouca força a cautela de investidores diante da indefinição quanto ao futuro da política monetária norte-americana.

Na sexta-feira, o presidente do Federal Reserve de St.

Louis, James Bullard, afirmou que o banco central norte-americano ainda pode reduzir seu programa de compra de títulos na reunião de outubro se os dados apontarem para uma economia mais forte.