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CVM investiga operações de câmbio da JBS, diz Valor

Jornal disse que a CVM tomou conhecimento de que a JBS teria comprado altos valores de dólares horas antes do vazamento da notícia sobre o acordo de delação

Dólar: CVM ainda investiga a venda de ações da JBS por parte dos acionistas controladores (Getty Images/Getty Images)

Dólar: CVM ainda investiga a venda de ações da JBS por parte dos acionistas controladores (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 19 de maio de 2017 às 08h23.

Última atualização em 19 de maio de 2017 às 09h34.

São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu uma investigação sobre os negócios de câmbio e ações feitos por executivos da JBS após a divulgação de conversa gravada com o presidente Michel Temer como parte de um acordo de delação premiada, segundo o jornal Valor Econômico na quinta-feira.

Os depoimentos dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que são presidente do conselho e presidente-executivo da JBS, puxaram a bolsa brasileira e o real para baixo na quinta-feira, em meio a temores de que as revelações poderiam derrubar Temer.

O presidente negou irregularidades e se recusou a renunciar em pronunciamento.

Sem identificar as fontes, o Valor disse que a CVM tomou conhecimento de que o grupo de empresas dos irmãos Batista teria adquirido uma posição superior a 1 bilhão de dólares no mercado local de câmbio horas antes do vazamento da notícia sobre o acordo de delação.

A operação teria sido feita através de vários corretores, a pedido da JBS, de acordo com o jornal.

CVM e JBS não responderam a pedidos de comentário da Reuters fora do horário comercial.

Na quinta-feira, o dólar subiu 8,15 por cento ante o real e encostou na marca de 3,40 reais, registrando a maior alta desde o início de 1999.

A CVM ainda investiga a venda de ações da companhia por parte dos acionistas controladores, segundo a reportagem.

A Reuters noticiou que o grupo de controle da JBS vendeu 329 milhões de reais em ações da empresa em abril, depois que os irmãos Batista começaram a negociar secretamente um acordo de delação premiada.

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