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CVC chega a subir 4,7% após anunciar que fará recompra de ações

Por volta das 13h, papéis avançavam 2,79%, negociados em 43,10 reais

Loja da CVC (Roberto Tamer/Divulgação)

Loja da CVC (Roberto Tamer/Divulgação)

TL

Tais Laporta

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 15h00.

Última atualização em 25 de novembro de 2019 às 15h12.

Sem notícias animadoras há um bom tempo, a operadora de turismo CVC devolveu uma ponta de esperança aos investidores nesta segunda-feira (25). As ações da companhia chegaram a subir 4,7%, após ter anunciado um programa de recompra de ações de até aproximadamente 5% do total que circula hoje no mercado. Por volta das 13h, os papéis ordinários avançavam 2,79%, negociados em 43,10 reais.

O conselho de Administração da empresa aprovou a aquisição de até 7,25 milhões de ações ordinárias, em operação única ou não. A quantidade equivale a 5% do total de ações em circulação, até maio de 2021. Hoje, a CVC possui 145.151.224 ações ordinárias.

A expectativa é que a recompra dos papéis ajude na recuperação dos preços da CVC, uma vez que ela pode indicar que a empresa vê o preço como atrativo. As ações da CVC vêm acumulando fortes perdas na bolsa brasileira. Somente em novembro, a ação desvaloriza mais de 16% e, desde o início de janeiro, recuam ao redor de 30%.

Segundo a empresa, o objetivo é incrementar a geração de valor para os acionistas pela "aplicação de recursos disponíveis na aquisição das ações em bolsa de valores, a preços de mercado, para permanência em tesouraria, cancelamento ou posterior alienação das ações no mercado ou sua destinação ao pagamento de executivos e beneficiários a título de programas de incentivo ou de remuneração baseada em ações".

Números aquém das expectativas

As ações da CVC chegaram a recuar 10,5% logo após a empresa divulgar um lucro líquido 3,6% menor no terceiro trimestre. No ano, o lucro líquido até o terceiro trimestre recuou 15,23%. No balanço, a agência de turismo afirmou que está tendo um 2019 de “muitos desafios” e, entre eles, citou o aparecimento de manchas de óleo em praias no Nordeste, o ambiente político e problemas envolvendo a aérea Avianca.

A quebra da companhia aérea, que provocou uma onda de cancelamentos de voos, causou perdas milionárias para a CVC. O impacto na companhia de turismo foi de 82 milhões de reais no segundo trimestre. No terceiro, os gastos adicionais relacionados à Avianca custaram 45,4 milhões de reais à agência.

Após a divulgação dos números do último trimestre, o banco BTG Pactual disse esperar que a CVC tenha mais prejuízo com a questão Avianca no quarto semestre, algo entre 30 e 40 milhões de reais, mas vê o problema como temporário. Os analistas acreditam que a queda do preço das ações aconteceu em um ritmo desproporcional aos fundamentos da companhia.

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