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Corretoras recomendam compra de ações da CSN após venda da Namisa

Venda de 40% da Namisa para consórcio asiático por US$ 3 bi foi considerada uma surpresa positiva em meio à crise

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2012 às 19h35.

Corretoras avaliam como uma "surpresa positiva" para a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) a venda de 40% da Namisa (Nacional Minérios S.A.) para um consórcio de empresas asiáticas e recomendam a compra de suas ações. Anunciado na sexta-feira, o negócio envolve o pagamento de 3,12 bilhões de dólares que vão engordar o caixa da siderúrgica brasileira em um momento de dificuldades de acesso a crédito em todo o mundo.

A corretora SLW se disse “surpresa com a finalização deste projeto em um momento de incertezas como este”. “A entrada destes recursos no caixa da CSN será muito importante para que ela possa tocar sua programação de expansão em minério de ferro (Casa de Pedra e Namisa) e eventualmente algum outro projeto em siderurgia”, afirma em comunicado.

A Socopa classifica como “bastante expressivo” o montante da transação quando comparado com o atual valor de mercado da CSN: cerca de 11 bilhões de dólares. “Entendemos que a venda de participação da Namisa é positiva e ajuda a CSN a fortalecer o caixa em momento de dificuldade de obtenção de linhas de crédito.”

Embora frise que as ações da companhia estejam “bastante descontadas”, a Socopa afirma que há “interessante potencial de valorização no médio e longo prazos” e recomenda a aquisição de papéis da empresa.

É o mesmo entendimento da Planner, que também sugere a compra de ações da CSN. “Acreditarmos que a venda da Namisa é positiva, demonstrando que as grandes siderúrgicas ainda permanecem preocupadas com o preço do minério de ferro no longo prazo”, registra seu relatório.

A Ágora também soltou comunicado em que recomenda a compra de ações, mas “com uma visão de médio prazo”. Para a corretora, a transação foi “positiva” para a CSN.

O negócio pode até mesmo favorecer as ações da Vale, maior mineradora brasileira, e da MMX, empresa do bilionário Eike Batista. Pelos cálculos do UBS, a Namisa foi vendida por um preço equivalente a 195 dólares por tonelada de minério a ser produzida. Já a Vale, que tem minas mais integradas e de melhor qualidade, é avaliada pelo mercado a 100 dólares a tonelada.

Às 12h08, as ações preferenciais classe A da Vale eram negociadas em alta de 5,83%. Já as ordinárias da CSN avançavam 4,53% e os papéis com direito a voto da MMX tinham alta de 1,73%.

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