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Copom, Petrobras, desemprego americano e o que mais move o mercado

Índice europeu renova máxima histórica em meio ao apetite por risco no mercado internacional

Roberto Campos Neto: presidente do Banco Central| Foto: Divulgação (Andre Coelho/Bloomberg/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 4 de agosto de 2021 às 07h05.

Última atualização em 4 de agosto de 2021 às 07h54.

As principais bolsas de valores sobem na manhã desta quarta-feira, 4, com os resultados da temporada de balanços se sobrepondo às preocupações com a variante delta e apertos regulatórios na China. Na Europa, o Stoxx sobe 0,6%, firmando sua terceira máxima histórica consecutiva. Nos Estados Unidos, ainda com baixa liquidez no mercado de futuros, o S&P 500 permanece estável, após ter fechado em nível recorde no último pregão.

No mercado internacional, investidores aguardam pela variação de empregos privados do mercado de trabalho americano. Medido pelo Instituto ADP, o dado serve como uma prévia do relatório oficial de empregos não-agrícolas, o payroll, que será divulgado nesta sexta-feira, 6. Para o ADP, a expectativa é de que seja relevada a criação de 695.000 vagas em julho contra 692.000 em junho.

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A recuperação do mercado de trabalho tem sido uma das principais preocupações de membros do Federal Reserve (Fed), que aguardam uma retomada mais contundente antes de começarem a retirar parte dos estímulos monetários. Nos Estados Unidos, os números semanais de pedidos de seguro desemprego saíram piores do que o esperado em três das últimas quatro divulgações.

Copom

No Brasil, o principal evento do dia será a decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom ), previsto para às 18h. A expectativa é de que o colegiado opte por uma alta de 1 ponto percentual, com a Selic passando de 4,25% para 5,25% ao ano.

No mercado, investidores ainda esperam um comunicado mais contracionista, indicando que será feito o necessário para conter as expectativas de inflação futura.

Com IPCA de 8,35% acumulado nos últimos 12 meses, o mercado já vê a meta de inflação para este ano de 3,75% como inalcançável, assim como o teto da meta de 5,25%. De acordo com as projeções do último boletim Focus, o consenso é de que o Copom eleve a Selic para 7% até o fim do ano, com a inflação terminando 2021 em 6,88%.

Até a decisão do Copom, investidores irão repercutir balanços divulgados na última noite.

Bradesco

Último dos três grandes bancos privados a divulgar balanço do segundo trimestre, o Bradesco (BBDC3/BBDC4) registrou lucro recorrente de 6,32 bilhões de reais, abaixo do consenso da Bloomberg, de 6,58 bilhões de reais. A receita líquida de juros ficou em 15,74 bilhões de reais, 5,7% abaixo da apresentada no mesmo período do ano passado.

Rede D’Or

Outra empresa a apresentar resultado abaixo das expectativas foi a Rede D’Or, (RDOR3) que teve lucro líquido de 477,7 milhões de reais ante a estimativa mediana de 523,2 milhões de reais. A receita também frustrou, ficando em 5,22 bilhões de reais contra 4,97 bilhões de reais esperados.

Petrobras

Nesta noite investidores irão avaliar o resultado trimestral da Petrobras (PETR3/PETR4). Segundo estimativas da Bloomberg, a companhia deve reportar lucro líquido de 29,4 bilhões de reais, com o volume de vendas chegando a 102,74 bilhões de reais. No segundo trimestre de 2020, a estatal teve prejuízo de 2,7 bilhões de reais.

Balanços

Além da Petrobras, irão apresentar resultado nesta noite Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau (GGBR4), BR Properties (BRPR3), Braskem (BRKM5), AES Brasil (AESB3), Quero-Quero (LJQQ3), Tegma (TEGM3), Totvs (TOTS3), Sinqia (SQIA3) e 3R Petroleum (RRRP3) .

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