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Construção ampara alta do índice apesar de queda de BRF

São Paulo - O principal índice das ações brasileiras operava em leve alta nesta quinta-feira, amparado por papéis do setor de construção um dia após o juro básico do país ser elevado. A forte queda das ações da Brasil Foods, contudo, limitava os ganhos do mercado, que também monitorava o ambiente ainda cauteloso no exterior. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 11h31.

São Paulo - O principal índice das ações brasileiras operava em leve alta nesta quinta-feira, amparado por papéis do setor de construção um dia após o juro básico do país ser elevado.

A forte queda das ações da Brasil Foods, contudo, limitava os ganhos do mercado, que também monitorava o ambiente ainda cauteloso no exterior.

Às 11h07, o Ibovespa avançava 0,33 por cento, aos 63.238 pontos. O volume financeiro da bolsa era de 1,04 bilhão de reais.

Companhias ligadas a construção eram o destaque positivo do dia, com o índice do setor registrando alta de 0,77 por cento. MRV Engenharia subia 1,97 por cento, a 15,03 reais; PDG Realty tinha alta de 1,68 por cento, a 9,70 reais; enquanto Rossi Residencial apurava ganho de 1,61 por cento, a 13,92 reais.

"Essa alta está menos relacionada à elevação do juro ontem e mais ligada a um ajuste técnico. O setor imobiliário tem sofrido um desconto grande desde que as perspectivas de inflação pioraram, e agora estamos vendo um ajuste", afirmou Daniel Garcia, analista da corretora Souza Barros.

Na noite da véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto, para 12,25 por cento ao ano, como esperado. Em comunicado que acompanhou o anúncio da decisão unânime, o comitê indicou que o ciclo de aperto monetário que visa levar a inflação ao centro da meta em 2012 ainda não chegou ao fim.

O bom desempenho, contudo, era amortecido pela forte queda de 4,28 por cento nas ações da Brasil Foods , cotadas a 25,03 reais. Na quarta-feira, a ação já tinha perdido mais de 6 por cento no pregão regular, e no after-market adicionou desvalorização limite de 2 por cento.

Investidores estendiam a onda de vendas em reação ao voto do relator do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Carlos Emmanuel Ragazzo votou pela reprovação da união entre Perdigão e Sadia, colocando em risco o negócio bilionário que criou uma potência global em processamento de carnes.

O conselheiro do Cade Ricardo Ruiz pediu vista do processo e o julgamento foi suspenso, com previsão de retomada na próxima quarta-feira. "Apesar de nossa leitura negativa da decisão, continuamos acreditando que o acordo tem chances de ser aprovado, com restrições signicativas que incluem a venda de marcas (exceto Sadia e Perdigão), venda/aluguel da capacidade e a abertura de sua rede de distribuição e logística para concorrentes", avaliou a equipe de analistas do Itaú BBA em relatório.

"Temos uma recomendação 'outperform' (acima da média do mercado) na ação da Brasil Foods, com preço-alvo de 29,70 reais."

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