Com queda generalizada, Ibovespa recua mais de 2%
Índice da bolsa recuou 2,09%, a 47.421 pontos, com um giro financeiro de 6,45 bilhões de reais
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2013 às 18h58.
São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda de mais de 2 por cento o pregão desta terça-feira, o sexto de perdas em sete sessões, acompanhando as bolsas norte-americanas e com investidores pessimistas em relação à economia doméstica.
O Ibovespa recuou 2,09 por cento, a 47.421 pontos. Das 71 ações que compõem o índice, apenas 7 subiram. O giro financeiro do pregão foi de 6,45 bilhões de reais.
O índice rondou a estabilidade no início da sessão, mas logo pendeu para o vermelho.
No exterior, investidores repercutiram declarações do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, de que o banco central dos Estados Unidos pode começar a reduzir o ritmo de seu programa de aquisição de ativos em setembro.
Nas bolsas americanas, o índice Dow Jones caiu 0,6 por cento, enquanto o S&P 500 cedeu 0,57 por cento. O temor do mercado é que a diminuição dos estímulos monetários reduza a liquidez dos mercados, que ajudou a sustentar sucessivos recordes das bolsas de Nova York.
Por aqui, o pessimismo com a economia doméstica seguiu pesando nos negócios.
"Uma razão importante para a queda é a perspectiva econômica negativa para o Brasil", disse o analista Leandro Silvestrini, da Intrader DTVM. "Hoje rompemos o suporte técnico dos 48 mil pontos, o que sugere investidores estão esperando novas perdas." Na segunda-feira, a pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que economistas voltaram a reduzir a expectativa para a expansão da economia neste ano, a 2,24 por cento, ante 2,28 por cento anteriormente.
Além disso, segundo analistas, a temporada de balanços corporativos, que era vista como um potencial gatilho para uma valorização do Ibovespa, acabou não contribuindo para motivar um avanço consistente.
"Os resultados corporativos que saíram até agora têm vindo em linha com a expectativa do mercado, sem surpreender", afirmou o sócio diretor da AZ Investimentos Ricardo Zeno.
Nesta sessão, pressionaram o índice os papéis das blue chips Vale e Petrobras.
O papel da petroleira também foi influenciado pelas perspectivas para seus resultados trimestrais, que serão divulgados na sexta. Nesta terça, o Barclays reduziu sua estimativa de lucro por ação da empresa no segundo trimestre, de 0,56 para 0,53 dólar por ação, citando preços de realização menores do petróleo que os previstos.
Também foi destaque de queda o papel da empresa de transportes ALL, que registrou prejuízo líquido de 74,4 milhões de reais no segundo trimestre, tendo seu desempenho afetado pela baixa contábil dos ativos na Argentina.
No outro sentido, foram destaques de alta os papéis da mineradora MMX, de Eike Batista, em meio a especulações sobre a venda do Porto Sudeste, um dos principais ativos da companhia.
Atualizado às 18h58min.
São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda de mais de 2 por cento o pregão desta terça-feira, o sexto de perdas em sete sessões, acompanhando as bolsas norte-americanas e com investidores pessimistas em relação à economia doméstica.
O Ibovespa recuou 2,09 por cento, a 47.421 pontos. Das 71 ações que compõem o índice, apenas 7 subiram. O giro financeiro do pregão foi de 6,45 bilhões de reais.
O índice rondou a estabilidade no início da sessão, mas logo pendeu para o vermelho.
No exterior, investidores repercutiram declarações do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, de que o banco central dos Estados Unidos pode começar a reduzir o ritmo de seu programa de aquisição de ativos em setembro.
Nas bolsas americanas, o índice Dow Jones caiu 0,6 por cento, enquanto o S&P 500 cedeu 0,57 por cento. O temor do mercado é que a diminuição dos estímulos monetários reduza a liquidez dos mercados, que ajudou a sustentar sucessivos recordes das bolsas de Nova York.
Por aqui, o pessimismo com a economia doméstica seguiu pesando nos negócios.
"Uma razão importante para a queda é a perspectiva econômica negativa para o Brasil", disse o analista Leandro Silvestrini, da Intrader DTVM. "Hoje rompemos o suporte técnico dos 48 mil pontos, o que sugere investidores estão esperando novas perdas." Na segunda-feira, a pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que economistas voltaram a reduzir a expectativa para a expansão da economia neste ano, a 2,24 por cento, ante 2,28 por cento anteriormente.
Além disso, segundo analistas, a temporada de balanços corporativos, que era vista como um potencial gatilho para uma valorização do Ibovespa, acabou não contribuindo para motivar um avanço consistente.
"Os resultados corporativos que saíram até agora têm vindo em linha com a expectativa do mercado, sem surpreender", afirmou o sócio diretor da AZ Investimentos Ricardo Zeno.
Nesta sessão, pressionaram o índice os papéis das blue chips Vale e Petrobras.
O papel da petroleira também foi influenciado pelas perspectivas para seus resultados trimestrais, que serão divulgados na sexta. Nesta terça, o Barclays reduziu sua estimativa de lucro por ação da empresa no segundo trimestre, de 0,56 para 0,53 dólar por ação, citando preços de realização menores do petróleo que os previstos.
Também foi destaque de queda o papel da empresa de transportes ALL, que registrou prejuízo líquido de 74,4 milhões de reais no segundo trimestre, tendo seu desempenho afetado pela baixa contábil dos ativos na Argentina.
No outro sentido, foram destaques de alta os papéis da mineradora MMX, de Eike Batista, em meio a especulações sobre a venda do Porto Sudeste, um dos principais ativos da companhia.
Atualizado às 18h58min.