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Com piora externa, Bovespa tem 7ª queda consecutiva

O mercado acionário doméstico parece estar incapaz de registrar alta desde a volta do carnaval


	Pregão da Bovespa
 (Divulgação)

Pregão da Bovespa (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - A sinalização de que a compra de ativos pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, possa terminar antes do previsto, contribuiu para aumentar a aversão ao risco nos mercados internacionais e, na Bovespa, não foi diferente. Com o mercado acionário doméstico incapaz de registrar alta desde a volta do carnaval, o Ibovespa marcou sua sétima queda seguida nesta quinta-feira.

Nos últimos minutos do pregão, no entanto, a Bolsa minimizou as perdas e recuperou o patamar dos 56 mil pontos - perdido logo após a abertura -, ajudada pela Vale, que migrou para o positivo, e pela OGX, que disparou mais de 11% e foi o destaque de alta.

O Ibovespa encerrou em leve queda de 0,04%, aos 56.154,68 pontos, pior nível desde 16 de novembro do ano passado (55.402 pontos). O giro financeiro totalizou R$ 8,162 bilhões (dado preliminar). Entre a mínima e a máxima, o índice à vista oscilou dos 55.430 pontos (-1,33%) aos 56.227 pontos (+0,09%). No mês, a Bolsa acumula queda de 6,03% e, no ano, de 7,87%.

Para o analista da Empiricus Research Rodolfo Amstalden, observando a sequência de queda da Bovespa, há uma diferença importante. Nos últimos dois pregões, o fator determinante para a baixa foi o cenário externo. Mas o profissional destaca que a fragilidade do cenário doméstico prossegue. "Com a perspectiva de crescimento baixo e inflação alta, as dúvidas são grandes, teremos uma definição melhor só mais pra frente."

As ações da Petrobras caíram 2,26% as ON e 1,70% as PN, na esteira da desvalorização dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos para abril caíram 2,49%, para US$ 92,84 o barril, o nível mais baixo de fechamento deste ano. A commodity foi pressionada pelo aumento nos estoques dos Estados Unidos e por indicadores econômicos negativos que podem sinalizar redução de demanda por petróleo no futuro.

No fim da sessão, os papéis ON e PNA da Vale reverteram e fecharam em alta, de 0,71% e 0,06%, respectivamente.

OGX ON também disparou no fim dos negócios e registrou alta de 11,80%, embora ainda acumule perda de 11,71% neste mês.

As principais quedas do Ibovespa foram lideradas por Gafisa ON, com declínio de 3,69%, seguida por Rossi Residencial (-3,62%), Gol PN (-3,44%), Brookfield ON (-3,27%) e Klabin PN (-2,34%).

Depois de OGX ON, os destaques de alta do índice foram Ultrapar ON (+4,54%), Banco do Brasil ON (+4,07%), LLX ON (+3,74%) e PDG ON (+3,09%). Tanto Banco do Brasil quanto Ultrapar foram impulsionados pela divulgação de seus balanços, que superaram a previsão dos analistas.

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