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Com medida do governo, Eletrobras é a pior aposta do setor

A companhia causou perdas de 24% aos investidores neste trimestre, acompanhando o anúncio do governo de que pretende cortar tarifas de energia em até 28%

O desempenho das ações da Eletrobras desde 30 de junho foi o pior entre empresas de energia com um valor de mercado de US$ 5 bilhões ou mais (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 08h10.

São Paulo - A pressão do governo brasileiro para reduzir as tarifas de eletricidade está fazendo da Centrais Elétricas Brasileiras SA a ação de pior desempenho entre as principais elétricas do mundo.

A Eletrobras causou perdas de 24 por cento aos investidores neste trimestre, acompanhando o anúncio do governo de que pretende renovar as concessões de distribuição para cortar as tarifas em até 28 por cento. A empresa também está sendo usada pelo governo para salvar uma distribuidora pela terceira vez pelo menos.

O desempenho das ações da Eletrobras desde 30 de junho, o pior entre empresas de energia com um valor de mercado de US$ 5 bilhões ou mais, mostra que acionistas minoritários estão pagando o preço dos esforços da presidente Dilma Rousseff para conter a inflação e melhorar o serviço em áreas distantes dos grandes centros.

Em comparação, a espanhola Iberdrola SA e a italiana Enel SpA ofereceram retornos de 9,6 por cento e 0,2 por cento, respectivamente, segundo dados compilados pela Bloomberg.

“A Eletrobras enfrenta uma bifurcação na estrada, na qual deve decidir se vai ser uma empresa que maximize o lucro ou se será um ministério com ações”, disse Gabriel Salas, analista do JPMorgan, em entrevista por telefone de Nova York ontem. “É muito difícil ter uma combinação de ambos os interesses.”


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Em comparação, a espanhola Iberdrola SA e a italiana Enel SpA ofereceram retornos de 9,6 por cento e 0,2 por cento, respectivamente, segundo dados compilados pela Bloomberg.

“A Eletrobras enfrenta uma bifurcação na estrada, na qual deve decidir se vai ser uma empresa que maximize o lucro ou se será um ministério com ações”, disse Gabriel Salas, analista do JPMorgan, em entrevista por telefone de Nova York ontem. “É muito difícil ter uma combinação de ambos os interesses.”


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