Exame Logo

Com briga por Ptax, dólar fecha em queda ante real

A divisa recuou 0,11 %, a 2,3553 reais na venda

Dólar:  o volume de negociação ficou em cerca de 2,1 bilhões de dólares, segundo a BM&F, valor bem acima da média diária do mês de 1,390 bilhão de dólares (Ali Mohammadi/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 16h45.

São Paulo - O dólar fechou em leve queda em relação ao real nesta quinta-feira, diante do forte volume de negociação pela briga no mercado pela formação da Ptax do ano, com os investidores ainda de olho no Banco Central.

A divisa recuou 0,11 %, a 2,3553 reais na venda. O volume de negociação ficou em cerca de 2,1 bilhões de dólares, segundo a BM&F, valor bem acima da média diária do mês de 1,390 bilhão de dólares.

"O mercado projetou que ia ser um dia fraco, mas como a cotação caiu abriu-se oportunidade de negócio e isso atraiu o pessoal para o mercado", afirmou o operador de câmbio da Renascença Corretora, José Carlos Amado.

A janela de oportunidades foi aberta diante da briga do mercado pela formação da Ptax do ano, com operações direcionadas, segundo operadores, para fazer a cotação cair. No auge da disputa, a moeda atingiu a menor cotação do dia a 2,3465 reais, recuo de 0,5 %.

A Ptax de fim de mês é utilizada para referenciar alguns contratos e sua formação ocorre diariamente por volta da hora do almoço. A briga significa que quem está vendido disputa com quem está comprado para tentar trazer a cotação para o cenário mais favorável possível.

"Estamos em dia de briga pela Ptax no fim do ano", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel, acrescentando que não tinha visto nenhuma operação relevante no mercado.

Mas passado o efeito da disputa, a queda foi perdendo fôlego levando a moeda a esboçar por alguns momentos leve alta na última parte do pregão.

Acabou prevalecendo o ímpeto de desvalorização com a contribuição da atuação do BC.

"É um dia sem notícia e o dólar fica mais suscetível", afirmou o economista-chefe do Espirito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

Nesta sessão, a autoridade monetária deu sequência à intervenção no mercado de câmbio, ao vender 10 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalente à venda de dólares no futuro-- com vencimentos em 5 de março e 1º de julho de 2014, numa operação que movimentou o equivalente a 496,7 milhões de dólares.


No mês, o mercado de câmbio tem visto mais saídas do que entradas de dólares. Segundo o BC, o fluxo cambial --entrada e saída de moeda estrangeira do país-- estava negativo em 7,735 bilhões de dólares em dezembro, até o dia 20. Só na semana passada, a saída líquida foi de 3,505 bilhões de dólares.

Final de ano é a época em que as multinacionais instaladas no país costumam remeter mais lucros e dividendos para fora.

Veja também

São Paulo - O dólar fechou em leve queda em relação ao real nesta quinta-feira, diante do forte volume de negociação pela briga no mercado pela formação da Ptax do ano, com os investidores ainda de olho no Banco Central.

A divisa recuou 0,11 %, a 2,3553 reais na venda. O volume de negociação ficou em cerca de 2,1 bilhões de dólares, segundo a BM&F, valor bem acima da média diária do mês de 1,390 bilhão de dólares.

"O mercado projetou que ia ser um dia fraco, mas como a cotação caiu abriu-se oportunidade de negócio e isso atraiu o pessoal para o mercado", afirmou o operador de câmbio da Renascença Corretora, José Carlos Amado.

A janela de oportunidades foi aberta diante da briga do mercado pela formação da Ptax do ano, com operações direcionadas, segundo operadores, para fazer a cotação cair. No auge da disputa, a moeda atingiu a menor cotação do dia a 2,3465 reais, recuo de 0,5 %.

A Ptax de fim de mês é utilizada para referenciar alguns contratos e sua formação ocorre diariamente por volta da hora do almoço. A briga significa que quem está vendido disputa com quem está comprado para tentar trazer a cotação para o cenário mais favorável possível.

"Estamos em dia de briga pela Ptax no fim do ano", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel, acrescentando que não tinha visto nenhuma operação relevante no mercado.

Mas passado o efeito da disputa, a queda foi perdendo fôlego levando a moeda a esboçar por alguns momentos leve alta na última parte do pregão.

Acabou prevalecendo o ímpeto de desvalorização com a contribuição da atuação do BC.

"É um dia sem notícia e o dólar fica mais suscetível", afirmou o economista-chefe do Espirito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

Nesta sessão, a autoridade monetária deu sequência à intervenção no mercado de câmbio, ao vender 10 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalente à venda de dólares no futuro-- com vencimentos em 5 de março e 1º de julho de 2014, numa operação que movimentou o equivalente a 496,7 milhões de dólares.


No mês, o mercado de câmbio tem visto mais saídas do que entradas de dólares. Segundo o BC, o fluxo cambial --entrada e saída de moeda estrangeira do país-- estava negativo em 7,735 bilhões de dólares em dezembro, até o dia 20. Só na semana passada, a saída líquida foi de 3,505 bilhões de dólares.

Final de ano é a época em que as multinacionais instaladas no país costumam remeter mais lucros e dividendos para fora.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedasReal

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame