5 razões para o pânico nos mercados
Queda da nota e dificuldades políticas nos EUA, crise na Europa, medo da recessão e queda nas previsões das empresas aumentam o temor mundial
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2011 às 18h15.
Paris - A extrema ansiedade que agita atualmente os mercados deve-se a uma conjunção de fatores macroeconômicos que espantam os investidores e criam um clima de pânico nas praças mundiais.
Estes são os principais motivos:
A dívida colossal dos EUA, cuja nota foi deflagrada pela S&P
A maior economia mundial acumula uma dívida colossal de 14,3 trilhões de dólares e um déficit anual de 1,6 trilhão de dólares.
O presidente Barack Obama conseguiu arrancar um acordo de última hora de seus adversários republicanos em 2 de agosto que evitou a suspensão de pagamentos e, portanto, a quebra do país.
Mas o compromisso foi julgado insuficiente pela agência de classificação Standard & Poor's (S&P) devido sobretudo às concessões feitas aos republicanos, opostos a qualquer alta de impostos.
Como consequência, a S&P rebaixou em 5 de agosto a nota dos Estados Unidos, classificado até então como um Estado de primeira classe (AAA).
As bolsas mundiais caíram, apesar de paradoxicamente, a confiança dos investidores na capacidade de Washington de pagar sua dívida ter se mantido intacta: os juros de seus títulos permaneceram estáveis.
Zona do euro: após Grécia, Irlanda e Portugal, Itália e Espanha no alvo
Os mercados temem um contágio da crise da dívida soberana para Itália e Espanha, que representam 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro. Os títulos de ambos os países registraram recordes históricos na semana passada.
A preocupação é alimentada pela complexidade dos últimos acordos alcançados pela zona do euro para frear a crise e pela demora em aplicá-los, já que devem ser ratificados em nível nacional pelos 17 países membros.
O plano prevê dotar o fundo de resgate da zona do euro da possibilidade de comprar títulos dos países em apuros nos mercados secundários.
Uma resposta política julgada insatisfatória
As divisões e os confrontos entre democratas e republicanos, pouco mais de um ano antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, alimentaram o ceticismo dos investidores quanto à capacidade dos dirigentes para tomar as decisões necessárias frente à crise.
Na zona do euro, resulta preocupante para os mercados a falta de unidade entre os governos e a resistência da Alemanha em dar seu braço a torcer na hora de colocar mais dinheiro sobre a mesa para ajudar os sócios.
Medo de uma recessão
Os governos ocidenais comprometeram-se a aplicar importantes programas de austeridade para reduzir sua dívida, o que, segundo muitos economistas, impedirá manter e impulsionar o crescimento.
As últimas previsões econômicas para os Estados Unidos e Europa contribuem para agitar os ânimos e os mercados temem uma nova recessão mundial, apesar de alguns especialistas falarem em uma "desaceleração", graças ao bom crescimento de China e Índia.
As perspectivas das empresas revisadas para baixo
Apesar dos resultados do primeiro semestre terem sido mais positivos que o esperado, os grandes grupos mundiais mantiveram-se muito prudentes sobre as perspectivas para a segunda metade do ano.
Muitas empresas industriais exportadoras e as companhias de commodities estão revisando suas previsões para baixo, provocando a queda de suas ações nas bolsas.
Paris - A extrema ansiedade que agita atualmente os mercados deve-se a uma conjunção de fatores macroeconômicos que espantam os investidores e criam um clima de pânico nas praças mundiais.
Estes são os principais motivos:
A dívida colossal dos EUA, cuja nota foi deflagrada pela S&P
A maior economia mundial acumula uma dívida colossal de 14,3 trilhões de dólares e um déficit anual de 1,6 trilhão de dólares.
O presidente Barack Obama conseguiu arrancar um acordo de última hora de seus adversários republicanos em 2 de agosto que evitou a suspensão de pagamentos e, portanto, a quebra do país.
Mas o compromisso foi julgado insuficiente pela agência de classificação Standard & Poor's (S&P) devido sobretudo às concessões feitas aos republicanos, opostos a qualquer alta de impostos.
Como consequência, a S&P rebaixou em 5 de agosto a nota dos Estados Unidos, classificado até então como um Estado de primeira classe (AAA).
As bolsas mundiais caíram, apesar de paradoxicamente, a confiança dos investidores na capacidade de Washington de pagar sua dívida ter se mantido intacta: os juros de seus títulos permaneceram estáveis.
Zona do euro: após Grécia, Irlanda e Portugal, Itália e Espanha no alvo
Os mercados temem um contágio da crise da dívida soberana para Itália e Espanha, que representam 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro. Os títulos de ambos os países registraram recordes históricos na semana passada.
A preocupação é alimentada pela complexidade dos últimos acordos alcançados pela zona do euro para frear a crise e pela demora em aplicá-los, já que devem ser ratificados em nível nacional pelos 17 países membros.
O plano prevê dotar o fundo de resgate da zona do euro da possibilidade de comprar títulos dos países em apuros nos mercados secundários.
Uma resposta política julgada insatisfatória
As divisões e os confrontos entre democratas e republicanos, pouco mais de um ano antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, alimentaram o ceticismo dos investidores quanto à capacidade dos dirigentes para tomar as decisões necessárias frente à crise.
Na zona do euro, resulta preocupante para os mercados a falta de unidade entre os governos e a resistência da Alemanha em dar seu braço a torcer na hora de colocar mais dinheiro sobre a mesa para ajudar os sócios.
Medo de uma recessão
Os governos ocidenais comprometeram-se a aplicar importantes programas de austeridade para reduzir sua dívida, o que, segundo muitos economistas, impedirá manter e impulsionar o crescimento.
As últimas previsões econômicas para os Estados Unidos e Europa contribuem para agitar os ânimos e os mercados temem uma nova recessão mundial, apesar de alguns especialistas falarem em uma "desaceleração", graças ao bom crescimento de China e Índia.
As perspectivas das empresas revisadas para baixo
Apesar dos resultados do primeiro semestre terem sido mais positivos que o esperado, os grandes grupos mundiais mantiveram-se muito prudentes sobre as perspectivas para a segunda metade do ano.
Muitas empresas industriais exportadoras e as companhias de commodities estão revisando suas previsões para baixo, provocando a queda de suas ações nas bolsas.