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China, Europa, Síria e swap conduzem queda do dólar

O dólar à vista no balcão fechou em queda de 0,34%, cotado a R$ 2,3750


	Dólar: pela manhã, a moeda norte-americana já operava em baixa, sob a influência do exterior
 (Getty Images)

Dólar: pela manhã, a moeda norte-americana já operava em baixa, sob a influência do exterior (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 17h07.

São Paulo - Após a alta de sexta-feira, 30, ante o real, o dólar à vista negociado no balcão oscilou em baixa durante toda a sessão desta segunda-feira, 2, sob a influência do exterior e das atuações do Banco Central (BC).

Os dados divulgados na China e na Europa, a expectativa de que o ataque à Síria não seja imediato e os leilões de swap do BC do Brasil conduziram a queda da moeda dos Estados Unidos no país. O dólar à vista no balcão fechou em queda de 0,34%, cotado a R$ 2,3750.

Na mínima do dia, verificada às 10h42, a moeda atingiu R$ 2,3550 (-1,17%) e, na máxima, às 11h24, R$ 2,3760 (-0,29%). Com o feriado do Dia do Trabalho nos EUA, a liquidez também foi menor, o que deixou a moeda à vista mais sensível a fluxos isolados. Às 16h45 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&FBovespa registrava giro total bastante modesto, de US$ 570 milhões, sendo US$ 543 milhões em D+2. No mercado futuro, o giro do dólar para outubro também era contido, de US$ 8,506 bilhões, e a moeda registrava baixa de 0,50%, a R$ 2,389.

Pela manhã, a moeda norte-americana já operava em baixa, sob a influência do exterior. No fim de semana, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que havia decidido promover ações militares limitadas contra a Síria, após o suposto uso de armas químicas pelo regime do presidente Bashar al-Assad. No entanto, Obama vai esperar a autorização do Congresso dos EUA - o que adia, pelo menos por enquanto, o início da guerra.

"A fala do presidente norte-americano tranquilizou um pouco os mercados porque o discurso foi mais moderado. Isso fez as bolsas europeias subirem e o dólar cair", afirmou o economista Waldir Kiel, da corretora H. Commcor DTVM.

Além disso, a zona do euro e a China divulgaram dados positivos. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da zona do euro subiu para 51,4 em agosto, de 50,3 em julho, de acordo com dados finais da Markit. Já o PMI do setor industrial da China medido pelo HSBC subiu para uma leitura final de 50,1 em agosto, ante 47,7 em julho. Uma leitura abaixo de 50 indica contração da atividade, enquanto um patamar acima disso representa expansão.


Neste cenário, o BC também promoveu dois leilões de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), o primeiro entre 9h30 e 9h40 e o segundo, entre 10h30 e 10h40. Na primeira operação, que faz parte da estratégia de injeção diária de liquidez, a autoridade monetária vendeu 10 mil contratos (US$ 498,4 milhões), enquanto na segunda foram vendidos 20 mil contratos (US$ 992,7 milhões). No total, foram injetados US$ 1,491 bilhão no mercado futuro.

"O feriado nos EUA reduziu a liquidez. Mas o mercado acabou movimentando mais em função dos leilões de swap. O dólar por aqui chegou a cair bem mais com os leilões, mas voltou a ganhar força mais na metade do dia", afirmou um profissional da mesa de câmbio de um banco. "Isso ocorreu porque o importador, com a moeda americana mais baixa, acaba entrando para comprar, equilibrando um pouco", acrescentou. No fim, apesar de no exterior o dólar registrar direções mistas em relação a outras divisas, no Brasil a moeda americana ainda se manteve em baixa.

Isso aconteceu apesar de, à tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) ter anunciado um superávit comercial de US$ 1,226 bilhão. O resultado, apesar de positivo, ficou abaixo do esperado pelo mercado. No acumulado de janeiro a agosto, a balança comercial brasileira registra déficit de US$ 3,764 bilhões.

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