Mercados

Cesp ganha e MPX perde com risco de racionamento de energia

A preocupação de que o governo seja racione energia para evitar apagões reduziu em US$ 2,1 bilhões o valor de mercado das 15 maiores empresas de energia do Brasil

Os níveis dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país caíram para o mais baixo patamar em 12 anos no mês passado (Matt Cardy/Getty Images)

Os níveis dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país caíram para o mais baixo patamar em 12 anos no mês passado (Matt Cardy/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 08h10.

São Paulo - O período de seca que está esvaziando os reservatórios do País pode tornar a Cia. Energética de São Paulo, cuja ação teve o terceiro pior desempenho dentre as companhias elétricas no ano passado, em uma das maiores beneficiadas do setor.

A Cesp e outras companhias que vendem energia elétrica no mercado à vista podem lucrar após os preços subiram para patamar recorde, disseram o JPMorgan Chase & Co. e o Banco BTG Pactual SA. Compradores de energia no mercado à vista -- como a MPX Energia SA, do bilionário Eike Batista, e a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais SA -- devem ser as mais prejudicadas, disseram os analistas.

A preocupação de que o governo seja obrigado a racionar energia para evitar apagões reduziu em US$ 2,1 bilhões o valor de mercado das 15 maiores empresas de energia elétrica do Brasil desde 1 de janeiro.

Os níveis dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do País caíram para o mais baixo patamar em 12 anos no mês passado, levando a estatal Centrais Elétricas Brasileiras SA a ligar usinas de gás natural, mais caras, para atender a demanda.

“É temerário dizer que haverá racionamento, mas também é temerário dizer que não vai”, disse Ricardo Correa, analista de setor elétrico da Ativa Corretora, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “As principaais vítimas são a Eletrobras e a MPX.”

A falta de chuvas que ameaça a geração de energia acontece logo depois que o governo de Dilma Rousseff alterou as regras de renovação das concessões para reduzir as tarifas, levando a uma forte queda das ações do setor no ano passado.

Enquanto a Eletrobras aceitou as novas regras, empresas como a Cesp e a Cia. Energética de Minas Gerais optaram por não renovar algumas concessões.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresCESPChuvasEmpresasEmpresas estataisEnergia elétricaEnevaEstatais brasileirasGás e combustíveisPetróleoServiços

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"