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Cautela antes do Fed fortalece demanda por dólar

O dólar abriu em alta em relação ao real, seguindo a mesma direção exibida pela divisa dos EUA em relação a seus principais pares no exterior


	Dólar: o dólar à vista começou a sessão cotado a R$ 2,2810 (+0,35%) no balcão
 (Stock.xchng)

Dólar: o dólar à vista começou a sessão cotado a R$ 2,2810 (+0,35%) no balcão (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 11h17.

São Paulo - A cautela que antecede a reunião de política monetária do Federal Reserve, marcada para a próxima semana, sustenta a demanda por dólar hoje no exterior e no mercado doméstico. O dólar abriu em alta em relação ao real, seguindo a mesma direção exibida pela divisa dos EUA em relação a seus principais pares no exterior.

O Banco Central realiza o quarto leilão de linha de até US$ 1 bi, dentro do programa de venda anunciado em 23 de agosto, que poderá também influenciar o rumo do câmbio interno no fim da manhã.

O dólar à vista começou a sessão cotado a R$ 2,2810 (+0,35%) no balcão e, às 9h22, testou mínima de R$ 2,280 (+0,31).

No mercado futuro, às 9h23, o contrato de dólar para outubro de 2013 estava na mínima, a R$ 2,2865 (+0,11%). Esse vencimento abriu hoje a R$ 2,290 (+0,26%) e atingiu uma máxima de R$ 2,2910 (+0,31%).

A expectativa dos agentes financeiros é que os dados norte-americanos sobre vendas no varejo em agosto (às 9h30) e a preliminar do sentimento do consumidor em setembro (às 10h55) poderão, ou não, dar fôlego para as apostas no início da redução de estímulos à economia na semana que vem.

No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,33% em julho ante junho com ajuste. O recuo foi menor que a mediana das projeções do mercado para julho ante junho e, na base anual, superou o teto das projeções. As estimativas no mercado eram de declínio, entre 0,20% e 1,00%, com mediana negativa de 0,60%, para julho ante junho, com ajuste sazonal.


Na comparação com julho de 2012, as previsões vão de crescimento de 2,10% a 3,30% (mediana de 2,70%), de acordo com o AE Projeções. Os dados tendem a ampliar as apostas em uma taxa básica de juros (Selic) de dois dígitos no fim do ano, segundo esses profissionais.

Em relação ao leilão de linha de hoje, será ofertado até US$ 1 bilhão nessa operação, com vencimento em 2 de abril de 2014. As propostas serão recebidas entre 11h15 e 11h20. A taxa de câmbio a ser utilizada para a venda de dólares por parte do BC será a Ptax do boletim das 11 horas. Serão aceitas até três propostas por instituição para cada uma das ofertas. As operações de venda serão liquidadas no dia 17 de setembro de 2013.

Vale lembrar que, desde 20 de agosto, já houve sete operações de linha, nas quais foram emprestados pelo BC ao mercado um total de US$ 4,110 bilhões com recompra programada para 2 de janeiro de 2014 e 1º de abril de 2014. Esse montante equivale ao impacto efetivo dos leilões de linha sobre as reservas do País até agora. Vale destacar que o volume financeiro emprestado na oferta de linha de sexta-feira passada, dia 6, ainda não é conhecido pelo mercado, porque só será divulgado na quarta-feira da semana que vem, já que a operação foi liquidada em D+2, na última terça-feira, dia 10.

Na próxima semana, além dos leilões de swap cambial programados de segunda à quinta-feira numa oferta total de até US$ 2 bilhões, o Banco Central começará a rolagem dos 135.300 contratos de swap cambial que vencem em 1º de outubro. O total financeiro dessa rolagem equivale a cerca de US$ 6,765 bilhões. Para isso, realizados leilões de rolagem na segunda, na terça e na quarta-feira.

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