Capitalização faz ação da Rumo ALL subir 20%
Ontem, as ações da companhia férrea encerraram com forte valorização, de 20,37%, cotadas a R$ 3,25, a maior alta do Índice Ibovespa
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2016 às 10h46.
São Paulo - Depois de anunciar uma capitalização de R$ 2,6 bilhões na quinta-feira, a Rumo ALL está prestes a receber uma linha de crédito no valor de R$ 2,8 bilhões do BNDES para tocar seus projetos de expansão, apurou o Estado.
Ontem, as ações da companhia férrea encerraram com forte valorização, de 20,37%, cotadas a R$ 3,25, a maior alta do Índice Ibovespa.
Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários no dia 28 de março, a Rumo ALL informou que havia expectativa de que o comitê do banco de fomento poderia liberar linhas de crédito à empresa, condicionadas à renegociação das dívidas e ao aumento de capital.
Pelo documento, o BNDESPar, braço de participações do BNDES, poderia aprovar linha de credito de financiamento de até R$ 1,5 bilhão e participação de até R$ 300 milhões em emissão de debêntures conversíveis (títulos da dívida). Mais R$ 1 bilhão poderia ser liberado pelo BNDES.
Procuradas pela reportagem, a Rumo e o BNDES não comentaram o assunto.
Em relatório ao mercado, o Brasil Plural vê o aumento de capital e o financiamento do BNDES como positivos. Com essas operações, os juros dos novos financiamentos com os bancos devem cair. "Os problemas de balanço e financiamento do capex (investimento) acabaram de vez", avaliou o banco.
A capitalização da companhia foi a maior realizada por uma empresa brasileira nos últimos dois anos, com grande adesão de investidores estrangeiros.
Resultado da fusão entre América Latina Logística (ALL) e Rumo, a companhia férrea possui cerca de 12 mil quilômetros de extensão e é principal responsável pelo escoamento de grãos por trilhos.
Para analistas do Credit Suisse, com a questão da liquidez equacionada, "o foco agora deve ficar mais em cima da renovação da concessão por parte do regulador", disseram os analistas do banco.
Fontes de mercado afirmaram ao Estado que a extensão do prazo de concessão da Rumo ALL está em negociação e poderá ter um desfecho positivo em breve.
Antes de a fusão ser concluída, a ALL tinha sido alvo de vários processos por descumprimento de contratos e estava com sua malha ferroviária sucateada.
A expectativa, agora, com a capitalização e linhas de crédito do BNDES, é de que a companhia comece a renovar a sua frota de vagões, locomotivas e a fazer melhorias da malha.
No fim do ano passado, a Rumo ALL anunciou uma dívida líquida de R$ 7,8 bilhões, dos quais R$ 6,1 bilhões com vencimento entre 2016 e 2018. Boa parte dessa dívida já foi alongada.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Depois de anunciar uma capitalização de R$ 2,6 bilhões na quinta-feira, a Rumo ALL está prestes a receber uma linha de crédito no valor de R$ 2,8 bilhões do BNDES para tocar seus projetos de expansão, apurou o Estado.
Ontem, as ações da companhia férrea encerraram com forte valorização, de 20,37%, cotadas a R$ 3,25, a maior alta do Índice Ibovespa.
Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários no dia 28 de março, a Rumo ALL informou que havia expectativa de que o comitê do banco de fomento poderia liberar linhas de crédito à empresa, condicionadas à renegociação das dívidas e ao aumento de capital.
Pelo documento, o BNDESPar, braço de participações do BNDES, poderia aprovar linha de credito de financiamento de até R$ 1,5 bilhão e participação de até R$ 300 milhões em emissão de debêntures conversíveis (títulos da dívida). Mais R$ 1 bilhão poderia ser liberado pelo BNDES.
Procuradas pela reportagem, a Rumo e o BNDES não comentaram o assunto.
Em relatório ao mercado, o Brasil Plural vê o aumento de capital e o financiamento do BNDES como positivos. Com essas operações, os juros dos novos financiamentos com os bancos devem cair. "Os problemas de balanço e financiamento do capex (investimento) acabaram de vez", avaliou o banco.
A capitalização da companhia foi a maior realizada por uma empresa brasileira nos últimos dois anos, com grande adesão de investidores estrangeiros.
Resultado da fusão entre América Latina Logística (ALL) e Rumo, a companhia férrea possui cerca de 12 mil quilômetros de extensão e é principal responsável pelo escoamento de grãos por trilhos.
Para analistas do Credit Suisse, com a questão da liquidez equacionada, "o foco agora deve ficar mais em cima da renovação da concessão por parte do regulador", disseram os analistas do banco.
Fontes de mercado afirmaram ao Estado que a extensão do prazo de concessão da Rumo ALL está em negociação e poderá ter um desfecho positivo em breve.
Antes de a fusão ser concluída, a ALL tinha sido alvo de vários processos por descumprimento de contratos e estava com sua malha ferroviária sucateada.
A expectativa, agora, com a capitalização e linhas de crédito do BNDES, é de que a companhia comece a renovar a sua frota de vagões, locomotivas e a fazer melhorias da malha.
No fim do ano passado, a Rumo ALL anunciou uma dívida líquida de R$ 7,8 bilhões, dos quais R$ 6,1 bilhões com vencimento entre 2016 e 2018. Boa parte dessa dívida já foi alongada.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.