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CÂMBIO-Melhora externa faz dólar zerar ganhos ante real

Por José de Castro SÃO PAULO, 16 de dezembro (Reuters) - O otimismo cauteloso no exterior levou o dólar a anular a alta ante o real nesta quinta-feira, após dados macroeconômicos positivos nos Estados Unidos oferecerem algum apetite por risco. A moeda norte-americana fechou a 1,702 real na venda, com oscilação positiva de 0,06 por […]

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 16h06.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 16 de dezembro (Reuters) - O otimismo cauteloso
no exterior levou o dólar a anular a alta ante o real nesta
quinta-feira, após dados macroeconômicos positivos nos Estados
Unidos oferecerem algum apetite por risco.

A moeda norte-americana fechou a 1,702 real na
venda, com oscilação positiva de 0,06 por cento. Pela manhã, a
cotação chegou a avançar 0,35 por cento, a 1,707 real, mas o
movimento perdeu força conforme as bolsas de valores se
mantinham no azul e o euro zerava as perdas ante o
dólar.

"O mercado está muito dependente do comportamento do euro e
das bolsas internacionais. O investidor está em compasso de
espera para o final do ano, e, na falta de muitos eventos, o
dólar tende a seguir o exterior mesmo", disse Carlos Alberto
Postigo, gerente de negócios da Casa Paulista Assessoria
Bancária.

As preocupações com a crise de dívida na Europa seguiam na
pauta, o que mais cedo favoreceu a alta da divisa
norte-americana ante uma cesta de moedas . Investidores
olharam com receio um leilão de títulos públicos espanhois, no
qual Madri teve que pagar elevados prêmios.

O mercado monitorou ainda a reunião entre líderes europeus
nesta quinta-feira, que deve se estender até sexta-feira.
Investidores esperam que as autoridades discutam mecanismo de
combate à crise no continente, bem como os riscos de
contaminação dos problemas fiscais a outras nações.

Mas o mercado preferiu voltar-se para relatórios sugerindo
que a economia dos Estados Unidos continua se recuperando,
ainda que em ritmo lento.

Entre os números, o Federal Reserve de Filadélfia disse que
o índice de condições empresariais da região Meio-Atlântico dos
Estados Unidos subiu para 24,3 em dezembro, ante 22,5 em
novembro. É a maior leitura desde abril de 2005 e no maior
ritmo em mais de cinco anos e meio.

Os pedidos de auxílio-desemprego, por outro lado, recuaram
na semana passada, enquanto o início das construções em outubro
foi revisado para cima, sugerindo que a atividade econômica
deve acelerar no quarto trimestre.

No final da tarde, as bolsas de valores em Nova York
subiam, amparadas ainda pelo bom desempenho das
ações da FedEx, após a companhia oferecer uma boa perspectiva
para os lucros.

"É final de ano, e mais do que nunca vamos ficar atrelados
aos indicadores externos. Saindo um dado positivo no exterior,
o dólar deve cair, mas se o número for ruim, com certeza a
aversão a risco vai aumentar e nós vamos seguir esse
movimento", disse o operador de uma corretora paulista, que
pediu anonimato.

(Edição de Isabel Versiani)

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