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Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2010 às 15h07.
São Paulo - A entrada de 3 bilhões de dólares no país na semana passada aliviou a escassez de moeda estrangeira no mercado à vista e diminuiu a necessidade de uma intervenção do Banco Central por meio de um swap cambial reverso.
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, o país terminou julho com saldo positivo de 712 milhões de dólares. O resultado final foi garantido por 3,017 bilhões de dólares em entradas líquidas na última semana do mês.
Desse montante, o BC incorporou às reservas por meio de leilões de compra somente 671 milhões de dólares na semana passada.
Com isso, as posições vendidas dos bancos, que somavam 12,950 bilhões de dólares no dia 22, diminuíram para 10,003 bilhões de dólares no final do mês.
Operadores já comentavam na semana passada que a escassez de moeda estrangeira havia se atenuado devido a algumas operações pontuais. Na quarta-feira, por exemplo, circularam comentários no mercado de uma entrada de cerca de 1,2 bilhão de dólares por parte de duas grandes empresas exportadoras.
De acordo com profissionais do mercado, a entrada de moeda no país pode ter sido um dos fatores que impediu a atuação do BC por meio de derivativos.
O FRA (forward rate agreement) de cupom cambial de vencimento mais curto, para outubro, se acomodou nos últimos dias abaixo de 2 por cento, longe da máxima de 2,75 por cento que indicava um desequilíbrio entre a oferta no mercado à vista e no mercado futuro.
"Acho que (o que a decisão do BC leva em conta) é um mix de preço e cupom. Mas acho que ajudou", afirmou Carlos Allievi Jr., gestor da Infinity Asset, após a divulgação dos números.
Em julho como um todo, o BC incorporou 1,494 bilhão de dólares às reservas internacionais.
Em termos de fluxo, houve 777 milhões de dólares em saídas líquidas por meio de operações comerciais e 1,490 bilhão em entradas no segmento financeiro.
Em junho, o país havia registrado déficit de 4,279 bilhões de dólares. No ano, o fluxo está positivo em 4,075 bilhões de dólares.
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