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Brasil Foods recebe nota de grau de investimento da Fitch Ratings

Agência de classificação de risco destacou a melhora na rentabilidade e alavancagem moderada

Nildemar Secches (esq) e Luiz Fernando Furlan: arquitetos da fusão que criou a Brasil Foods (GERMANO LUDERS)

Nildemar Secches (esq) e Luiz Fernando Furlan: arquitetos da fusão que criou a Brasil Foods (GERMANO LUDERS)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 13h03.

A agência de classificação de risco Fitch atribuiu a classificação de grau de investimento (BBB-) para o rating da Brasil Foods (BRFS3), uma das maiores produtoras e distribuidoras de alimentos do Brasil, citando o “sólido perfil de negócios da companhia, a melhora da sua rentabilidade e a alavancagem moderada”.

Em comunicado, a Fitch ainda informa que a classificação contempla a expectativa de que a empresa continuará melhorando sua rentabilidade e margens, beneficiando-se da forte demanda por seus produtos e das sinergias resultantes da contínua integração com a Sadia.

“A companhia continuará em busca de diversificação e crescimento, tanto orgânico quanto através de aquisições, o que deverá limitar a geração de fluxo de caixa livre a curto prazo e poderá resultar em aumento da alavancagem. A Brasil Foods tem um longo histórico de aportes de capital para sustentar seu balanço patrimonial, enquanto dá continuidade à sua estratégia de crescimento”, afirma Viktoria Krane, analista da Fitch.

A agência destaca ainda a diversificação dos negócios, a redução e gestão dos riscos, a estratégia sustentada de longo prazo e ressalta os elevados padrões de governança corporativa.

“A classificação do rating como grau de investimento permite maior oportunidade, visibilidade e facilidade de acesso para os investidores (que apostam na Brasil Foods), confirmando o foco estratégico de empresa de classe mundial”, declarou a Brasil Foods em comunicado enviado à Comisssão de Valores Mobiliários (CVM).

Riscos

Segundo a Fitch, a Brasil Foods está exposta aos riscos de commodities e de ciclos associados ao negócio de proteínas, que responde por 50% da receita da companhia; maior pressão sobre as margens, devido aos elevados custos da matéria-prima, em particular dos grãos; e ao risco contínuo de fortalecimento do real, que poderá reduzir a competitividade da empresa nos mercados internacionais.

Os ratings também refletem a incerteza da decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a integração das operações locais da Sadia e a possibilidade da venda forçada de ativos, ressalta o comunicado da Fitch. 

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