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Bradesco decepciona investidores, mesmo com lucro de R$ 4,86 bi

Ações do banco caem nesta quinta-feira, após a divulgação dos dados financeiros do último trimestre de 2017

Bradesco (Paulo Whitaker/Reuters)

Bradesco (Paulo Whitaker/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 11h18.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2018 às 14h54.

São Paulo -- O Bradesco vê suas ações caírem nesta quinta-feira, mesmo após reportar lucro recorrente de 4,86 bilhões de reais no último trimestre do ano passado.

Às 14h35, os papéis preferenciais do banco recuavam 2,77% para 39,62 reais. No mesmo horário, os ordinários tinham baixa de  2%, para 38,54 reais.

Uma das explicações para a reação dos investidores é que o resultado, apesar de positivo, veio pouco abaixo do esperado.

Analistas consultados pela Bloomberg estimavam um lucro de 4,96 bilhões de reais. A média das casas consultadas pelo Broadcast (BB Investimentos, BTG Pactual, Citi, Deutsche Bank, JPMorgan e UBS) indicava 4,87 bilhões de reais.

O lucro -- 10,9% maior que o registrado no mesmo período de 2016 e 1,1% maior que no terceiro trimestre de 2017 -- foi influenciado pelo maior resultado com margem financeira, pelo desempenho de seguros, previdência e capitalização e pela receita de prestação de serviços.

Na outra ponta, explicou a instituição, o banco foi impactado por maiores despesas com provisão para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, e  gastos administrativos.

2017

No exercício de 2017, o lucro líquido recorrente do Bradesco totalizou 19,02 bilhões de reais, aumento de 11,1% em relação aos 17,12 bilhões de reais do exercício de 2016.

Do total, 13,49 bilhões de reais, ou 70,9%, foram originados das atividades financeiras, e 5,53 bilhões de reais de operações de seguros, previdência e capitalização, representando 29,1%.

A carteira de crédito do Bradesco somou 492,93 bilhões de reais ao final de dezembro, aumento de 1,2% em relação a setembro, de 486,86 bilhões de reais.

O Bradesco encerrou dezembro com 1,29 trilhão de reais em ativos totais, cifra 0,4% maior em um ano, de 1,29 trilhão de reais. Em relação a setembro, quando o montante ficou em 1,31 trilhão de reais, teve queda de 1,0%.

Com Estadão Conteúdo e Reuters.

 

 

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