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Bovespa volta a mirar os 60 mil pontos

Se na quarta-feira a estrela do pregão foi Petrobras, nesta quinta-feira quem deve roubar a cena é a outra petrolífera listada na principal carteira teórica da Bolsa, a OGX


	Bovespa: às 9h50, o Ibovespa futuro subia 1,27%, aos 58.840 pontos
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: às 9h50, o Ibovespa futuro subia 1,27%, aos 58.840 pontos (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 11h01.

São Paulo - A Bovespa está com fôlego recuperado e com as forças repostas para dar continuidade à trajetória de alta iniciada ontem, rumo aos 60 mil pontos no curto prazo.

A zeragem de parte das posições vendidas dos investidores estrangeiros em índice futuro e os preços descontados de boa parte das ações de empresas brasileiras pavimentam o caminho para esse movimento, bem como a manutenção do viés positivo nos mercados internacionais. Às 9h50, o Ibovespa futuro subia 1,27%, aos 58.840 pontos.

Se na quarta-feira a estrela do pregão foi Petrobras, nesta quinta-feira quem deve roubar a cena é a outra petrolífera listada na principal carteira teórica da Bolsa.

Juntamente com OGX, todas as demais empresas do Grupo EBX devem reagir ao acordo firmado entre o empresário Eike Batista e o banco BTG Pactual, de André Esteves, anunciado na noite de quarta-feira após o fechamento dos mercados, a fim de dar mais fôlego financeiro aos negócios do grupo. Nas negociações do after market, as ações das "empresas X" fecharam no limite de alta.

Esse "fato novo" somado à caça por pechinchas observado na renda variável de quarta-feira pode dar um impulso extra à Bolsa, testando a média móvel de 200 dias (MM200), que passa próxima dos 58 mil pontos.

Rompendo essa resistência, o Ibovespa teria objetivo próximo aos 60 mil pontos, o que pode ser alcançando caso os investidores estrangeiros continuem mostrando-se menos avessos ao risco no País.

Em apenas um dia, os "gringos" reduziram em 7.363 contratos a exposição líquida da posição vendida em Ibovespa futuro, com a aposta na queda do derivativo encerrando o dia de ontem em 129.770 contratos em aberto, de pouco mais de 137 mil contatos em aberto no dia anterior.


Já no exterior, o apetite por ativos arriscados permanece, com o sinal positivo prevalecendo entre as principais bolsas europeias e os índices futuros das Bolsas de Nova York. Ainda no horário acima, o futuro do S&P 500 subia 0,01%, no aguardo do relatório semanal sobre pedidos de auxílio-desemprego feitos nos Estados Unidos.

A Bolsa de Frankfurt, por sua vez, subia 0,04%, à espera da entrevista coletiva do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, às 10h30, após a autoridade monetária decidir manter os estímulos econômicos na zona do euro.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) retirou, depois de cerca de seis

meses - ou quatro reuniões de política monetária - o termo "suficientemente prolongado" ao se referir ao período que o Banco Central deveria manter a estabilidade da taxa básica de juros como estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação à meta.

No comunicado que acompanhou a decisão de deixar a Selic em 7,25% ao ano, nível em que se encontra desde outubro de 2012, o Comitê alterou substancialmente o texto, retirando tal expressão e afirmando que será feito um acompanhamento da evolução do cenário macroeconômico até o encontro de abril, para, então, "definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".

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