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Bovespa tenta seguir ganhos no exterior

Um operador da mesa de renda variável de uma corretora comenta que o "jogo" para o vencimento de índice futuro está "quente", com os investidores defendendo suas posições

Interior do prédio da Bovespa, a bolsa brasileira (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

Interior do prédio da Bovespa, a bolsa brasileira (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 10h37.

São Paulo - Enquanto o vencimento de índice futuro deixar, a Bovespa deve seguir o sinal positivo que emana do exterior nesta quarta-feira, em meio às renovadas expectativas com a Espanha. Apesar de a briga entre "comprados" e "vendidos" se agigantar somente nas três horas finais do pregão, um intenso vaivém é esperado para o dia, distorcendo o comportamento dos negócios locais. Por enquanto, porém, o dia parece ser mais tranquilo para quem aposta na alta da Bolsa, mas pode haver um contra-ataque para quem está com a estratégia na direção oposta. Por volta das 10h10, o Ibovespa subia 0,13%, aos 59.818,75 pontos.

Um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista comenta que o "jogo" para o vencimento de índice futuro está "quente", com os investidores defendendo suas posições. Segundo dados atualizados pela BM&FBovespa, até a terça-feira (16), os não residentes estão apostando na queda do derivativo, com cerca de 20 mil contratos em aberto, enquanto os bancos estão comprados com pouco mais de 18 mil contratos em aberto. Nesse fogo cruzado, "não dá para saber quem vai ganhar", diz. "Sabe-se que a briga está concentrada nos 60 mil pontos", acrescenta.

O profissional, que falou sob a condição de não ser identificado, chama a atenção para o comportamento das bolsas internacionais. "Um piora dos mercados lá fora destrói qualquer defesa de posição", comenta. Às 9h40, o futuro do S&P 500 subia 0,25%, firmando em alta após o avanço bem maior que o esperado das construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos em setembro, de +15,0%, ante previsão de +2,4%, para o maior nível em quatro anos. Também deram um salto as permissões para novas obras no mês passado, de +11,6%, de uma expectativa de +1,1%.

Já na Europa, o destaque ficava para o ganho de 1,33% da Bolsa de Madri, ainda no mesmo horário, após a decisão da Moody's de manter a nota de risco de crédito soberano (rating) da Espanha, em grau de investimento, mas com perspectiva negativa. O yield (retorno ao investidor) do bônus espanhol de 10 anos caía às mínimas em meses, ao redor da marca de 5,50%, içando também o euro para além de US$ 1,31.

Esse fôlego de alta da moeda única europeia embala as commodities, o que deve agitar os negócios com as blue chips Petrobras e Vale, que tende a influenciar no comportamento do Ibovespa, neste de exercício de índice futuro. Após o fechamento do pregão doméstico, a mineradora publica o relatório trimestral de produção, referente aos meses de julho a setembro deste ano. Na safra de balanços, a Minerva anuncia os resultados referentes ao mesmo período.

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