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Bovespa fecha em baixa, de olho no exterior

Índice da bolsa fechou no vermelho refletindo os dados fracos do setor imobiliário dos Estados Unidos


	Operadores na Bovespa: índice teve variação negativa de 0,22 por cento, a 57.695 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: índice teve variação negativa de 0,22 por cento, a 57.695 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 17h49.

São Paulo - A bolsa brasileira fechou em leve baixa nesta segunda-feira, pressionada pelas ações de Petrobras e de bancos, com dados fracos do setor imobiliário dos Estados Unidos ofuscando uma melhora do humor do mercado com relação à China.

Ibovespa teve variação negativa de 0,22 por cento, a 57.695 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 4,97 bilhões de reais.

A alta de ações chinesas nesta segunda-feira, repercutindo dados que mostraram um salto robusto no lucro de empresas industriais da segunda maior economia do mundo, chegou a ajudar a Bovespa a subir pela manhã e favoreceu a ação da Vale. 

A mineradora tem na China o maior destino de suas exportações.

Mas, nos EUA, o número de contratos de compra de moradias usadas teve inesperado recuo em junho, jogando um pouco de água fria na recuperação do mercado imobiliário do país.

"Apesar dos dados chineses darem um alento ao mercado, não vemos uma força muito grande em função dos dados de moradia dos EUA. O mercado vai ficar bem atento à prévia do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano (na quarta-feira), um parâmetro melhor da recuperação do país", disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.

No mercado acionário doméstico, a blue chip Petrobras caiu mais de 1 por cento e se sobrepôs à influência positiva da Vale, derrubando o Ibovespa. Também influenciam na queda do índice os papéis de Itaú Unibanco e Bradesco. 

Entre as maiores altas do dia, as ações da Gol foram o principal destaque, subindo 5,38 por cento. 

Os papéis responderam a dados divulgados pela companha aérea antes da abertura do mercado, que mostraram alta de 27 por cento na receita por passageiro no segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado.

O BTG Pactual reiterou recomendação de "compra" para a ação da Gol e o BB Investimentos manteve a indicação de "outperform" (acima da média do mercado) para o papel.

A empresa de alimentos JBS subiu 1,65 por cento, depois de fechar acordo para comprar os negócios de aves da norte-americana Tyson Foods no Brasil e no México por 575 milhões de dólares.

Hypermarcas e Tractebel repercutiram os balanços das companhias divulgados na noite de sexta-feira, com a primeira em alta de mais de 1 por cento e a segunda em baixa de mesma intensidade. 

O lucro da Hypermarcas cresceu mais de seis vezes na comparação anual e ficou acima da expectativa de analistas, enquanto o da Tractebel caiu 77 por cento, prejudicado pelos efeitos negativos das transações no mercado de energia de curto prazo.

Texto atualizado com informações do fechamento de mercado às 17h46min do mesmo dia.

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