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Bovespa sobe mesmo com terremoto no Japão e dados ruins

O abalo sísmico derrubou as cotações de commodities, como petróleo e metais, mas não foi suficiente para atingir as ações de empresas domésticas do setor

Bolsa de valores de São Paulo: onda de consolidação coloca a BM&F Bovespa sob pressão (Luciana Cavalcanti/EXAME.com)

Bolsa de valores de São Paulo: onda de consolidação coloca a BM&F Bovespa sob pressão (Luciana Cavalcanti/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 20h21.

São Paulo - O investidor do mercado de ações resistiu ao susto com um terremoto devastador no Japão e a dados decepcionantes dos EUA, preferindo comprar ações nesta sexta-feira, guiado por indicadores técnicos, o que fez a Bovespa subir após três quedas consecutivas.

O Ibovespa avançou 0,98 por cento, a 66.684 pontos. Na semana encurtada pelo feriado de Carnaval, entretanto, o índice teve baixa de 1,95 por cento. O giro financeiro do pregão somou 6,77 bilhões de reais.

O abalo sísmico de 8,9 graus de magnitude, seguido de um tsunami e de abalos secundários que sacudiram o nordeste japonês nesta sexta-feira, derrubaram as cotações de commodities, como petróleo e metais, mas não foram suficientes para atingir as ações de empresas domésticas do setor.

No plano macroeconômico, os dados do dia não foram, tampouco, nada animadores. A inflação na China superou expectativas em fevereiro, mantendo-se em 4,9 por cento, aumentando a pressão por outra dose de aperto monetário no país.

Já nos Estados Unidos a confiança do consumidor caiu ao menor nível em cinco meses no início de março, num nível bem abaixo das expectativas. Em Wall Street, entretanto, os índices principais fecharam no azul Na bolsa paulista, comentários de que o governo brasileiro estaria considerando impor uma quarentena dos investimentos de estrangeiros em ações, dentro de um pacote de medidas para o câmbio, esfriou a recuperação momentaneamente.

No entanto, prevaleceram as compras, com investidores se guiando por indicadores técnicos após os preços terem atingidos novos pisos depois de três sessões de queda, explicou Fabio Romero, sócio da Brava Investimentos. "Com base na avaliação fundamentalista, essa alta não tem explicação porque as notícias foram muito ruins", disse.

Um dos carros-chefes da sessão foi Usiminas, cuja ação preferencial teve ganho de 4,67 por cento, a 21,08 reais, num dia de comportamento misto de empresas ligadas a metais. O papel preferencial da Vale ganhou 1,48 por cento, para 46,74 reais.

Já Gerdau foi a pior do Ibovespa, com declínio de 2,14 por cento, saindo a 21,04 reais.

Empresas ligadas ao consumo doméstico também se destacaram com ganhos, após dados de inflação apontarem desaceleração de preços. Lojas Americanas cresceu 3,77 por cento, a 14,05 reais.Entre os bancos, Itaú Unibanco teve incremento de 2,47 por cento, a 35,68 reais.

O papel preferencial da Petrobras avançou 0,18 por cento, a 28,17 reais, apesar da queda do petróleo.

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