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Bovespa sobe mais de 2% com ganhos da Vale

A perspectiva de que o recente desgaste político perdeu força e que não deve atrapalhar o andamento de medidas econômicas no Congresso

Bovespa: o Ibovespa subiu 2,11%, a 62.855 pontos, maior patamar de fechamento desde 9 de novembro (63.258 pontos) (REUTERS/Nacho Doce)
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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 18h53.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta segunda-feira, aproximando-se dos 63 mil pontos, impulsionado pelos ganhos nas ações da Vale e repercutindo a redução das preocupações com o cenário político.

O Ibovespa subiu 2,11 por cento, a 62.855 pontos, maior patamar de fechamento desde 9 de novembro (63.258 pontos).

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O volume financeiro do pregão somou 6,46 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até sexta-feira, de 9,39 bilhões de reais, inflada devido ao forte giro nos primeiros pregões após a eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos

A bolsa abriu em tom mais cauteloso, em meio à crise política que levou à demissão, na semana passada, do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima e com receios de eventuais impactos desses acontecimentos no avanço de medidas consideradas importantes para a retomada do crescimento econômico.

A perspectiva de que o recente desgaste político - após o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero dizer à Política Federal que sofreu pressão do presidente Michel Temer e de Geddel envolvendo uma obra embarcada em Salvado - perdeu força e que não deve atrapalhar o andamento de medidas econômicas no Congresso Nacional também ajudou a melhorar o humor dos negócios.

O senador Romero Jucá, líder do governo no Congresso, afirmou nesta tarde que está tudo pronto para a votação em primeiro turno no Senado na terça-feira da medida que limita o crescimento dos gastos públicos.

Segundo operadores, a aprovação da medida é crucial para mostrar que, apesar da crise política, o governo ainda consegue avançar nas medidas consideradas importantes para a recuperação da economia.

Destaques

- VALE PNA subiu 6,34 por cento, enquanto VALE ON avançou 7,3 por cento, ampliando os ganhos recentes, em mais uma sessão de alta nos preços do minério de ferro. No mês até esta sessão, as ações PNA acumulam alta superior a 33 por cento e os papéis ON ganhos de 40 por cento.

- PETROBRAS PN teve alta de 1,05 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,28 por cento, firmando-se no azul após os preços do petróleo no mercado internacional também definirem o rumo positivo. [O/R]

- BANCO DO BRASIL avançou 4,6 por cento. No radar estava a entrevista do presidente do banco, Paulo Rogério Caffarelli, ao jornal Folha de S.Paulo, na qual descartou oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da área de cartões de crédito nem da distribuidora de títulos mobiliários.

- BRADESCO PN subiu 1,25 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN teve valorização de 2,12 por cento, revertendo as perdas vistas mais cedo. Apesar dos ganhos, no mês as ações PN do Bradesco acumulam queda de 10,2 por cento, enquanto as do Itaú têm baixa de 7,3 por cento.

- RUMO LOGÍSTICA avançou 6,8 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, beneficiada pela medida provisória de concessões de infraestrutura que, segundo analistas da corretora Guide Investimentos, abre caminho para renovação antecipada da Malha Paulista, que vence em 2028, o que seria favorável para a empresa.

- EMBRAER caiu 0,59 por cento, entre as poucas baixas do Ibovespa. No radar estava a notícia de que pilotos da Delta Air Lines devem manter as regras de seus contratos de trabalho que impedem que a companhia aérea opere com modelos acima de certo peso em rotas regionais, em um revés para a Embraer e a Mitsubishi Heavy Industries, cujos modelos mais recentes excedem este limite.

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