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Bovespa sobe 5% em julho, com eleições ainda no foco

Para agosto, a expectativa também é de que as pesquisas eleitorais continuem dando o tom dos negócios


	Operadores da Bovespa: índice caiu 1,84% no pregão desta quinta, a 55.829 pontos
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Operadores da Bovespa: índice caiu 1,84% no pregão desta quinta, a 55.829 pontos (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 18h03.

São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou o pregão desta quinta-feira em baixa, pressionado por ações como Petrobras e Itaú, mas registrou forte alta em julho, com o mercado já trabalhando em cima de pesquisas sobre as eleições presidenciais de outubro.

Para agosto, a expectativa também é de que as pesquisas eleitorais continuem dando o tom dos negócios, com o mercado atento também a indicadores sobre os rumos da economia brasileira.

Na última sessão do mês, o Ibovespa caiu 1,84 por cento, a 55.829 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,15 bilhões de reais.

Em julho, o índice acumulou alta de 5 por cento, no segundo mês consecutivo de ganhos.

"Em julho, a alta foi com base em Petrobras, que subiu pelas pesquisas eleitorais. Isso está dando o tom para o mercado. Agosto não deve ter nada muito novo, com o mercado reagindo às pesquisas", explicou o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

O analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, avalia que dados econômicos e possíveis novas revisões para o crescimento da economia brasileira podem influenciar a bolsa.

"A perspectiva que temos em termos macroeconômicos é bastante negativa, com continuidade das revisões de projeções do PIB", disse ele.

Ainda assim, Pereira vê espaço para novas altas do Ibovespa, devido à liquidez ainda "abundante" no mercado.

Sobre os possíveis efeitos da situação da dívida da Argentina na bolsa brasileira, Pereira não mostra preocupação. "Deve ser encontrado um acordo nas próximas semanas. É algo muito pontual, com efeito marginal."

Nesta quinta-feira, o Ibovespa recuou pressionado pelo comportamento das ações da Petrobras, em dia de ajuste após a forte alta no mês até a véspera, assim como por Itaú e Ambev.

A fabricante de bebidas divulgou logo cedo geração de caixa menor que a esperada por analistas, embora o lucro tenha ficado em linha com as expectativas.

Entre os bancos, além de Itaú, as units do Santander caíram após a unidade brasileira do banco espanhol ter divulgado resultado de segundo trimestre que mostrou fraco crescimento na carteira de crédito. Bradesco também encerrou em baixa nesta quinta.

Embora tenha superado levemente previsões de lucro para o período de abril a junho, favorecido por melhores margens com juros, o banco teve fraco crescimento do crédito e maiores despesas.

Na outra ponta, as ações da Vale apareceram entre as poucas em alta no dia, seguindo a divulgação de um lucro líquido de quase 3,2 bilhões de reais no segundo trimestre.

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