Mercados

Bovespa sobe 1,89% e encosta em 68 mil pontos

O bom humor no mercado foi sustentado pela percepção de investidores de um cenário político mais favorável para o governo do presidente Michel Temer

Bovespa: segundo dados da BM&FBovespa, o vencimento sobre o Ibovespa movimentou 5,62 bilhões de reais (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: segundo dados da BM&FBovespa, o vencimento sobre o Ibovespa movimentou 5,62 bilhões de reais (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 19h26.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta de quase 2 por cento e encostou em 68 mil pontos nesta quarta-feira, com os ganhos de ações de bancos entre as principais influências positivas e em sessão marcada por vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.

O Ibovespa subiu 1,89 por cento, a 67.975 pontos, maior patamar de fechamento desde 14 de março de 2012 (68.257 pontos). O giro financeiro somou 22,86 bilhões de reais, inflado pelos vencimentos.

Segundo dados da BM&FBovespa, o vencimento sobre o Ibovespa movimentou 5,62 bilhões de reais.

O bom humor no mercado foi sustentado pela percepção de investidores de um cenário político mais favorável para o governo do presidente Michel Temer e na esteira da expectativa de recuperação da economia e queda dos juros, após os dados mais recentes mostrarem desaceleração da inflação.

A decisão da véspera do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter Moreira Franco como ministro, garantindo a prerrogativa de foro privilegiado, foi considerada por agentes de mercado como uma conquista do governo federal, aumentando o otimismo quanto ao capital político para avançar as reformas no Congresso.

O cenário externo também contribuiu para o avanço da bolsa brasileira, com o índice acionário S&P 500 batendo novo recorde e caminhando para a sétima alta seguida, ainda na esteira das expectativas com a reforma fiscal prometida pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e também com dados econômicos positivos.

As declarações da véspera da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, reforçando que uma alta de juros nos Estados Unidos deve vir em uma das próximas reuniões, reforçaram a visão de que a economia norte-americana está ganhando fôlego. Nesta quarta-feira, a dirigente do Fed repetiu o discurso da véspera.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO subiu 4,2 por cento, enquanto BRADESCO PN avançou 2,16 por cento, em sessão positiva para o setor bancário como um todo.

- PETROBRAS PN fechou com variação positiva de 0,13 por cento e PETROBRAS ON avançou 0,3 por cento, na contramão do movimento dos preços do petróleo no mercado internacional, que recuaram em meio a preocupações com aumento de estoques da commodity nos Estados Unidos.

- CSN avançou 1,85 por cento, USIMINAS subiu 1,28 por cento e GERDAU teve alta de 1,67 por cento, apesar da baixa nas commodities metálicas na China.

- BM&FBOVESPA subiu 3,99 por cento, tendo comopano de fundo expectativa de aquecimento nas ofertas iniciais de ações. Também no radar estava o desenrolar do julgamento no Carf sobre o uso de ágio no processo de fusão, após nova liminar suspendendo o julgamento.

- VALE PNA recuou 0,99 por cento, enquanto VALE ON perdeu 1,69 por cento, revertendo os ganhos vistos mais cedo, em sessão de baixa nos preços do minério de ferro na China. Mais cedo a Reuters noticiou, segundo fontes, que a Vale retomou a busca de um comprador para quatro usinas de fertilizantes que não foram incluídas em uma venda de 2,5 bilhões de dólares à Mosaic. No ano, as ações da Vale acumulam alta superior a 30 por cento.

- GOL, que não faz parte do Ibovespa, subiu 6,56 por cento, a sétima sessão seguida de alta e acumulando ganhos de 27 por cento no período, em meio a expectativas favoráveis entre analistas após cortes de capacidade e com a desvalorização do dólar ante o real.

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