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Bovespa segue exterior e tem terceira queda consecutiva

Hoje, o Bradesco deu início à divulgação de resultados do terceiro trimestre para o setor bancário, afetando a bolsa brasileira


	Operadores no pregão eletrônico da Bovespa
 (Germano Lüders/EXAME)

Operadores no pregão eletrônico da Bovespa (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 16h49.

São Paulo - O cenário internacional ditou o ritmo dos negócios nesta segunda-feira e levou a Bovespa a encerrar em queda pela terceira sessão seguida. A ausência de indicadores importantes nos Estados Unidos e na Europa deixou os mercados sem direção. Com isso, os balanços corporativos norte-americanos, embora tenham vindo em linha com as expectativas, foram considerados fracos. Além disso, a situação da Espanha e da Grécia seguem no foco das preocupações.

O Ibovespa encerrou com declínio de 0,38%, aos 58.700,30 pontos. Na mínima, o índice atingiu 58.541 pontos (-0,65%) e, na máxima, 59.205 pontos (+0,48%). No mês, a Bolsa acumula queda de 0,80% e, no ano, a alta foi reduzida para 3,43%. O giro financeiro ficou em R$ 5,270 bilhões, o mais fraco do mês, o que já pode ser reflexo do novo horário de verão.

Alguns profissionais de renda variável consultados pela Agência Estado estimam que a Bolsa não deve ter força para sair do atual patamar tão cedo. "O investidor vai ficar olhando para o cenário corporativo. Não vai sair disso enquanto houver ingerência política", avaliou um experiente profissional.

Nesta segunda-feira o Bradesco deu início à divulgação de resultados do terceiro trimestre para o setor bancário. Na terça-feira é a vez do Itaú Unibanco apresentar seu balanço e, na quinta-feira, será o Santander. O Bradesco reportou lucro líquido ajustado de R$ 2,893 bilhões no terceiro trimestre de 2012, cerca de 1% superior ao verificado em igual período de 2011.

As ações PN do Bradesco terminaram o dia com queda de 1,85%, Itaú Unibanco PN perdeu 0,51% e as units do Santander recuaram 1,79%. Banco do Brasil ON foi a exceção do setor e fechou estável.

Ainda do lado financeiro, a Cielo registrou a queda mais expressiva do Ibovespa, de 4,88%. Segundo matéria publicada no 'Estado', depois da pressão do governo para redução de juros e tarifas bancárias, a equipe econômica tem olhado com lupa para esse mercado que cobra, em média, 4% do valor de cada operação nos cartões de crédito, e de 6% nos vales refeições. O governo federal considera essas taxas "muito elevadas".

Entre as blue chips, Vale e Petrobras terminaram o dia em direções distintas. As ações da petroleira acompanharam o preço do petróleo no mercado internacional e recuaram 0,35% a ON e -0,90% a PN. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em dezembro terminou o dia com declínio de 1,97%, a US$ 88,65 o barril.


Já o papel ON da mineradora ficou estável, enquanto o PNA caiu 0,37%. Os contratos futuros de metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) fecharam em queda.

Usiminas PNA e ON lideram as alta do Ibovespa, com ganho de 2,80% e +2,74%, respectivamente.

Em Nova York, às 17h17, o índice Dow Jones operava em queda de 0,55%, o S&P 500 caía 0,50% e o Nasdaq, estável.

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