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Bovespa segue EUA e cai, mas alcança 3ª semana no positivo

Índice caiu 0,63%, a 51.081 pontos nesta sexta, com giro financeiro de R$ 7,2 bilhões


	Bovespa: na semana, o índice acumulou ganho de 2,64 por cento, depois de ter subido cerca de 5 por cento nas duas semanas anteriores
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: na semana, o índice acumulou ganho de 2,64 por cento, depois de ter subido cerca de 5 por cento nas duas semanas anteriores (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 18h02.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira, influenciado pela baixa das bolsas dos Estados Unidos, mas conseguiu terminar sua terceira semana consecutiva no azul.

O Ibovespa caiu 0,63 por cento, a 51.081 pontos, nesta sexta. O giro financeiro do pregão foi de 7,2 bilhões de reais.

Na semana, o índice acumulou ganho de 2,64 por cento, depois de ter subido cerca de 5 por cento nas duas semanas anteriores com o fluxo de investidores estrangeiros e expectativas sobre pesquisas eleitorais.

Na máxima deste pregão, o Ibovespa chegou a avançar 1,7 por cento, refletindo dados positivos sobre a criação de postos de trabalho nos EUA em março.

Mas foi carregado para baixo pela queda significativa nos índices norte-americanos Dow Jones e S&P 500 por conta do desempenho fraco de ações que vinham apresentando ganhos expressivos.

"Depois dessas altas fortes (do Ibovespa), qualquer movimento de parada, ainda mais numa sexta-feira, é normal, até porque o mercado começa a ficar um pouco 'esticado'. A recuperação foi muito rápida e o índice começa a encontrar resistência", disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

O índice tem resistências na região dos 52 mil, 52.520 e 54.300 pontos, segundo relatório da Votorantim Corretora. Na máxima deste pregão, chegou a superar a primeira delas, atingindo 52.288 pontos, mas depois perdeu ímpeto.

Investidores ficaram no compasso de espera por pesquisa eleitoral a ser divulgada pelo Datafolha no sábado, que deve repercutir na bolsa na semana que vem.

"Depois que o índice de aprovação (da presidente Dilma Rousseff) caiu, existe expectativa de que a oposição comece a capturar votos de eleitores insatisfeitos", disse o economista da Saga Capital Gustavo Mendonça. Em março, pesquisa CNI/Ibope mostrou queda na aprovação da presidente e ajudou a levantar a bolsa, principalmente ações de estatais consideradas como alvo de intervenção excessiva do governo.

Na cena corporativa, os papéis dos bancos Itaú Unibanco e Bradesco exerceram as maiores pressões de baixa sobre o Ibovespa, enquanto a operadora Oi e Energias do Brasil apareceram entre as maiores quedas percentuais.

No sentido oposto, a varejista Grupo Pão de Açúcar teve a maior alta, depois do Deutsche Bank elevar a recomendação do papel de "hold" (manutenção) para "compra".

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