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Bovespa pega carona no exterior e abre em alta

Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,51%, aos 50.558,09 pontos, na máxima


	Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa, em São Paulo: a Bolsa brasileira conta com valorização de mais de 4% apenas neste início de agosto
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa, em São Paulo: a Bolsa brasileira conta com valorização de mais de 4% apenas neste início de agosto (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 10h42.

São Paulo - Na véspera do vencimento de índice futuro e de opções sobre índice, a Bovespa abriu o pregão desta terça-feira, 13, pegando carona nos ganhos exibidos pelos mercados internacionais. Porém, a proximidade do exercício pode distorcer o comportamento dos negócios locais e abrir espaço para um embolso dos ganhos recentes, depois da reconquista dos 50 mil pontos na segunda-feira, 12. Da mesma forma, a temporada de balanços chega na reta final e tende a influenciar algumas ações. Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,51%, aos 50.558,09 pontos, na máxima.

Operadores são unânimes em atribuir o desempenho recente da Bolsa brasileira, que já conta com valorização de mais de 4% apenas neste início de agosto. Tanto que, no dado mais recente disponibilizado pela BM&F Bovespa, os "gringos" não só inverteram a estratégia, passando de vendida para comprada, como ampliaram o total de contratos em aberto apostando na alta do derivativo.

"Isso sem falar que já há um superávit de R$ 4 bilhões no mercado à vista", comenta um operador, referindo-se ao saldo de capital externo na Bolsa no acumulado do ano até a quinta-feira da semana passada, 8, de R$ 4,431 bilhões. Por isso, o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, desconfia do recente comportamento do mercado acionário doméstico.

"A verdade só vai surgir na quinta-feira", diz Bandeira, referindo-se à sessão seguinte à "briga" entre comprados e vendidos à luz do vencimento. Para ele, é preciso ver se a posição comprada dos gringos irá se manter. Em meio à essa distorção provocada por esse fator técnico, Bandeira avalia que só vê a Bolsa subir com consistência e com volume sob a influência do exterior.


Por lá, uma rodada mista de indicadores econômicos na zona do euro e nos Estados Unidos ainda alimenta certo apetite por risco. As vendas no comércio varejista norte-americano cresceram menos que o esperado em julho, em +0,2% ante previsão de +0,3%. Excluindo as vendas de automóveis, porém, as vendas subiram 0,5% no mês passado, acima do estimado (+0,4%). Além disso, o dado de junho foi revisado para cima, para +0,6, de +0,4%. Imediatamente após os indicadores mistos, o futuro do S&P 500 perdeu força e subia 0,20%, no horário acima.

O movimento de desaceleração foi acompanhado pelas principais bolsas europeias, que já vinham em alta diante do aumento acima do esperado das expectativas econômicas na Alemanha, medido pelo instituto ZEW, a 42,0 em agosto, de 36,3 em julho e ante previsão de alta a 40,0. O dado ofuscou o crescimento ligeiramente menor que o esperado da produção industrial na zona do euro, em +0,7% em junho ante maio, ante previsão de +0,8%. Ademais, o dado sugere que a recuperação na região como um todo deverá ser modesta e desigual.

Agora, a expectativa recai nos estoques das empresas nos EUA e no discurso do presidente do Federal Reserve, Dennis Lockhart, nesta terça-feira, 13, à tarde. Internamente, destaque para os balanços do segundo trimestre de 2013 de Banco do Brasil e Gol, entre outros. Já a Petrobras ainda deve ecoar os números trimestrais anunciados na semana passada e as declarações de executivos durante a teleconferência para comentar o resultado financeiro, na segunda-feira, 12. Um dos assuntos no radar pode ser a tentativa da estatal petrolífera de pleitear um novo aumento nos preços dos combustíveis.

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