São Paulo - O principal índice das ações brasileiras operava sem tendência nesta quinta-feira, perto das mínimas desde agosto em meio à cautela dos estrangeiros com as bolsas emergentes.

Às 13h01, o Ibovespa <.BVSP> subia 0,1 por cento, a 64.277 pontos. O giro do pregão era de 1,96 bilhão de reais.

Na véspera, o índice teve o pior pregão do ano, com queda de 2,36 por cento, e fechou no menor nível desde 26 de agosto.

Analistas têm apontado um deslocamento de investidores estrangeiros das bolsas emergentes para os mercados de países desenvolvidos. O Ibovespa acumulou queda de cerca de 9 por cento em um mês. No mesmo período, o índice Standard & Poor's 500 <.SPX>, da bolsa de Nova York, subiu quase 4 por cento.

Nesta quinta-feira, foi a vez do Credit Suisse reduzir a exposição a mercados emergentes, citando a melhora das principais economias e a preocupação com a inflação de alimentos. A recomendação vale por dois meses, de acordo com os analistas do banco. [ID:nN10272705]

Entre 1o e 8 de fevereiro, segundo os dados mais recentes, saíram 1,24 bilhão de reais de investidores estrangeiros da bolsa brasileira.

"(A alta) é um pouquinho de ajuste da queda que me parece exagerada, não somente no dia (de quarta-feira), mas no ano", disse João Pedro Brugger, analista da Leme Investimentos.

OGX Petróleo se destacava, com ganho de 3,35 por cento, a 17,61 reais. A ação se recupera desde o anúncio, na quarta-feira, de que o poço 9-OGX-26HP na bacia de Campos tem elevado potencial produtivo. [ID:nN09143288]

As ações da operadora de cartões Cielo subiam 1,81 por cento, a 11,25 reais, após a empresa divulgar lucro líquido de 444,5 milhões de reais no quarto trimestre, 0,6 por cento acima do obtido um ano antes. [ID:nN10260051]

A Cosan também divulgou resultado, mas o impacto era oposto, com queda de 4 por cento, a 23,90 reais. O maior grupo de açúcar e etanol do Brasil fechou o trimestre passado com lucro líquido de 27,9 milhões de reais, queda de 83,3 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior.

"A falta de capacidade da empresa em conseguir margens melhores no ambiente positivo para os preços do açúcar e do etanol é definitivamente frustrante", afirmaram as analistas Paula Kovarsky e Giovana Araújo, do Itaú.