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Bovespa ensaia recuperação, mas receios seguem

Às 12:57, o Ibovespa subia 0,96 por cento, a 76.799,40 pontos. O volume financeiro somava 6 bilhões de reais

BOVESPA: Ibovespa acima dos 100 mil pontos na “primavera” / Germano Lüders (Germano Luders/Reuters)

BOVESPA: Ibovespa acima dos 100 mil pontos na “primavera” / Germano Lüders (Germano Luders/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2018 às 13h27.

Última atualização em 30 de maio de 2018 às 13h30.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 buscava se firmar no azul na tarde desta quarta-feira, apoiado na melhora das ações da Petrobras, embora investidores sigam calculando os efeitos econômicos da greve dos caminhoneiros e das medidas para encerrar a paralisação para as empresas

Às 12:57, o Ibovespa subia 0,96 por cento, a 76.799,40 pontos. O volume financeiro somava 6 bilhões de reais.

A "normalização do abastecimento de combustíveis começa a ganhar força, e a sensação de que o pior passou se dissemina", destacou a equipe da corretora H.Commcor em nota a clientes, não descartando, contudo, continuidade da correção negativa dos ativos brasileiros.

"O mercado ainda está muito frágil", disse um gestor do Rio de Janeiro. "Apesar de melhor, a situação ainda não está resolvida. E ainda precisam ser apurados os tamanhos dos prejuízos", disse outro gestor em São Paulo.

Estrategistas do Morgan Stanley cortaram a recomendação das ações brasileiras para 'equal-weight' em seu portfólio para América Latina e reduziram o seu preço-alvo para o Ibovespa no final do ano para 75 mil pontos ante 82 mil anteriormente, citando entre os fatores o cenário eleitoral

No exterior, Wall Street mostrava ganhos, com papéis se recuperando após o recuo na véspera, quando pesou a preocupação com a crise política na Itália. O dólar também recuava ante uma cesta de moedas e o petróleo subia .

DESTAQUES

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON avançava 1,8 e 2,5 por cento, revertendo perdas do começo da sessão, mas com investidores ainda desconfortáveis sobre o risco de influência governamental na política de preços da petrolífera estatal. Também no radar estava a greve de petroleiros em pelo menos 20 plataformas da companhia e renúncia de membro independente do conselho de administração. Analistas do Santander cortaram a recomendação dos ADRs para "manter".

- BANCO DO BRASIL subia 3,8 por cento. A equipe do JPMorgan soltou nota a clientes afirmando que a ação estava em um patamar de preço interessante, "um ponto de entrada convincente".

- B2W tinha alta de 5,2 por cento e MAGAZINE LUIZA avançava 4,2 por cento, reagindo a perspectivas de alguma normalização nos transportes de cargas, depois que o setor de consumo foi atingido pela greve dos caminhoneiros que comprometeu o fornecimento e o escoamento de produtos. VIA VAREJO UNIT subia 3,5 por cento

- ECORODOVIAS valorizava-se 3,8 por cento. O UBS elevou a recomendação das ações para 'compra', citando que "estavam muito baratas para ignorar". No setor, CCR subia 0,6 por cento, em meio aos sinais de desbloqueio das rodovias do país.

- VALE avançava 1,5 por cento, tendo como pano de fundo a alta dos preços do minério de ferro à vista na China.

- MARFRIG caía 0,5 por cento, abandonando as mínimas, com o setor de proteínas como um todo reduzindo perdas. A companhia disse que está restabelecendo o nível de suas atividades operacionais, diante da redução dos protestos de caminhoneiros no Brasil. BRF oscilava ao redor da estabilidade e JBS cedia 0,7 por cento.

- GOL PN caía 2,7 por cento, liderando as perdas, tendo de pano de fundo alta dos preços do petróleo no exterior, o que tem relevante efeito nos custos da companhia.

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