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Bovespa fecha estável com cautela após Fed

Índice encerrou com variação negativa de 0,01%, a 59.108 pontos, após marcar 60.024 pontos na máxima da sessão


	Bovespa: volume financeiro do pregão desta quarta alcançou 7,7 bilhões de reais
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: volume financeiro do pregão desta quarta alcançou 7,7 bilhões de reais (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 20h16.

São Paulo - A Bovespa fechou estável nesta quarta-feira, após o Federal Reserve manter o mercado incerto sobre o início e o ritmo da normalização das taxas de juros norte-americanas. 

O principal índice da bolsa paulista esvaziou ganhos da abertura do pregão, quando os investidores reagiram a uma pesquisa Ibope divulgada na noite da véspera, que mostrou quadro favorável à oposição na corrida presidencial.

O Ibovespa teve variação negativa mínima de 0,01 por cento, a 59.108 pontos, após marcar 60.024 pontos na máxima.

O volume financeiro do pregão alcançou 7,7 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, o Fed reafirmou a promessa de manter as taxas de juros perto de zero por um "horizonte relevante", mas projeções econômicas divulgadas pela autoridade monetária e os comentários da chair Janet Yellen mantiveram agentes financeiros reticentes sobre os próximos passos da instituição.

Em Wall Street, os índices acionários chegaram a bater máximas da sessão logo após o comunicado, mas perderam força. O S&P 500 fechou em alta de apenas 0,13 por cento. 

Até o início da semana, a aposta majoritária no mercado era de que o banco central norte-americano indicaria alta da taxa mais cedo do que se precificava. 

Comentários de um especialista em Fed do Wall Street Journal na véspera no sentido contrário levou a uma revisão de boa parte das expectativas.

Na cola de Nova York, a bolsa paulista deixou a para trás a repercussão a novos números da corrida presidencial.

O Ibope mostrou que a presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu 3 pontos, a 36 por cento, enquanto Marina Silva (PSB) passou de 31 para 30 por cento e o candidato do PSDB, Aécio Neves, de 15 para 19 por cento das intenções de voto para o primeiro turno da eleição de outubro.

Na simulação de segundo turno, Dilma e Marina seguiram em empate técnico, mas a candidata do PSB foi a 43 por cento, ante 40 por cento de Dilma. Na semana passada, o placar estava em 43 a 42 por cento para Marina.

"Numa leitura rápida da pesquisa, a oposição tem muito o que comemorar. 

O crescimento de Aécio Neves não ameaça a polarização entre Dilma e Marina, mas marca posição de eleitorado que deve migrar maciçamente para a candidata do PSB", disse o analista na CM Capital Markets, Marco Aurélio Barbosa, em nota a clientes.

"Juntos, Aécio Neves e Marina Silva têm 49 por cento das intenções de voto, muito próximo de uma maioria decisiva num eventual segundo turno", escreveu.

O desempenho das ações de empresas com participação estatal, que vêm reagindo ao noticiário eleitoral, figuraram entre as maiores altas do índice, com Petrobras avançando mais de 2 por cento, enquanto Eletrobras ganhou 2,6 por cento. 

Banco do Brasil encerrou estável, após alta de 3,8 por cento na máxima.

Agentes no mercado agora aguardam pesquisa do Datafolha, que prevista para ser divulgada a partir de quinta-feira.

Da cena corporativa, Telecom Italia afirmou à sua controlada brasileira TIM Participações que não há nenhuma discussão em curso para eventual oferta para compra da rival Oi, colocando os papéis da TIM entre as maiores altas do índice.

Mesmo assim as preferenciais da Oi sustentaram ganhos expressivos. O Conselho de Administração da Oi aprovou a contratação de opção de compra de ações entre subsidiárias da companhia e a Portugal Telecom.

Texto atualizado às 20h15min do mesmo dia.

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