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Bovespa fecha em alta de 0,22%, apesar de queda em NY

Por Sueli Campo São Paulo - A Bovespa começou a semana devagar, refletindo a cautela no exterior e também um pouco de correção de preços depois de ter subido 2,98% na semana passada. Na máxima, atingiu +0,46% e na mínima recuou 0,20%. Apesar do pregão insosso e do sinal vermelho em Nova York, o Ibovespa […]

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2010 às 14h39.

Por Sueli Campo

São Paulo - A Bovespa começou a semana devagar, refletindo a cautela no exterior e também um pouco de correção de preços depois de ter subido 2,98% na semana passada. Na máxima, atingiu +0,46% e na mínima recuou 0,20%. Apesar do pregão insosso e do sinal vermelho em Nova York, o Ibovespa honrou os 70 mil pontos, reconquistados na última sexta-feira, fechando aos 70.384,92 pontos, alta de 0,22%, com giro financeiro de R$ 5,860 bilhões.

O dia na Bolsa foi basicamente de troca de posições, segundo operadores. Terminado o processo de ajuste de carteiras característico de virada de trimestre, os investidores agora aguardam novos fatos para assumir posições no curto prazo. Por ora, prevalece a cautela com a pesada agenda internacional da semana, que inclui o payroll (criação de vagas em setembro) nos EUA na sexta-feira e o ISM sobre a atividade do setor de serviços amanhã. Além disso, a semana marca o início da temporada norte-americana de balanços, com Alcoa cortando a fita na quinta-feira.

Ao contrário dos mercados de câmbio e juros, que estão se ajustando ao segundo turno da eleição presidencial, não fosse pelo setor elétrico o impacto das eleições na Bolsa seria praticamente nulo. As ações Copel PNB (4,42%), Companhia Paranaense de Energia, e Cemig PN (1,81%), de Minas Gerais, subiram repercutindo a vitória dos respectivos candidatos a governadores em primeiro turno, Beto Richa (PSDB) e Antonio Anastasia (PSDB). No caso de Cemig, analistas veem na vitória de Anastasia a continuidade de uma boa administração. E no Paraná, a expectativa do mercado é que com Beto Richa a Copel seja contemplada com reajustes de tarifas.

Eletrobras ON (+2,68%) e PNB (+2,56%) reagem, de acordo com analistas, à obtenção de um empréstimo de US$ 500 milhões da fornecedora de empréstimos venezuelana Corporação Andina de Fomento (CAF). A companhia brasileira havia informado no mês passado que estava conversando com a CAF sobre um empréstimo para aumentar suas reservas em dinheiro.

As ações da Petrobras registraram baixa de 0,13% a ON e 0,44% a PN. Vale fechou levemente positiva, com a ON avançando 0,08% e a PNA +0,02%.

Em Nova York, as bolsas fecharam no vermelho. O índice Dow Jones recuou 0,72%. A Bolsa de Londres cedeu 0,66%. Novos relatos sobre os problemas fiscais da Irlanda e comentários do prêmio Nobel de economia, Joseph Stiglitz, no final de semana reacenderam as preocupações sobre o crescimento da economia global. O economista alertou, segundo o jornal Sunday Telegraph, que uma "onda de austeridade" está varrendo toda a Europa, o que poderia provocar uma nova recessão. Stiglitz disse também que o futuro do euro era incerto e levantou a possibilidade de que os especuladores podem, em breve, mirar a Espanha, que está lutando para se recuperar de um longo declínio.

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