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Bovespa fecha em alta de 0,38% com reação de Petrobras

O índice fechou em alta pela primeira vez na semana, com a recuperação da Petrobras ofuscando a queda das ações de bancos


	Bovespa: o principal índice da bolsa paulista subiu 0,38%, a 55.112 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o principal índice da bolsa paulista subiu 0,38%, a 55.112 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 19h29.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta quinta-feira pela primeira vez na semana, com a recuperação dos papéis da Petrobras e a disparada no setor de educação ofuscando a queda de ações de bancos, novamente afetadas por apreensões de investidores sobre potencial efeito no setor de eventuais medidas fiscais do esforço fiscal governo federal.

O principal índice da bolsa paulista fechou em alta de 0,38 por cento, a 55.112 pontos, após acumular queda de 4,1 por cento nos três pregões anteriores. O volume financeiro na sessão somou 6,9 bilhões de reais.

Novas reportagens na mídia acerca de possível elevação da tributação de bancos e do fim do mecanismo de Juros sobre Capital Próprio dentro do universo de medidas visando o controle das contas públicas voltaram a pesar em papéis com fatia relevante no Ibovespa, minando o pregão na maior parte do dia.

Próximo do encerramento, contudo, a mineradora Vale recuperou o fôlego perdido no meio da tarde, quebrando uma longa sequência de perdas para somar-se aos ganhos da Petrobras e de ações de educação. O movimento garantiu o fechamento positivo do índice, mesmo com a deterioração do setor elétrico, pressionado pelas ações de geradoras entre as quais a Eletrobras, que teve grau de investimento retirado pela Moody's.

DESTAQUES

=PETROBRAS experimentou uma trégua após três quedas seguidas, com as ordinárias fechando em alta de mais de 5 por cento, com o noticiário incluindo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, sem citar fonte, segundo a qual a estatal assumirá formalmente o compromisso de praticar preços de mercado na venda de combustíveis.

=VALE estancou uma sequência de sete sessões de perdas, com as preferenciais avançando 2 por cento, apesar de novo declínio nos preços do minério de ferro para entrega imediata na China. Vale PNA caiu 13 por cento nas sete sessões até a véspera.

=KROTON EDUCACIONAL e ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES voltaram a se destacar na ponta positiva do Ibovespa, um dia depois de a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovar Fies para cursos de ensino à distância. O Itaú BBA avaliou a notícia como neutra para empresas sob sua cobertura, citando uma série de desdobramentos para o projeto virar uma realidade. O BTG Pactual ponderou que há um longo caminho para ser percorrido, mas viu a aprovação do projeto de lei pela comissão como bastante viável a longo prazo, "o que inegavelmente fornece um impulso para o segmento", particularmente Kroton.

=EMBRAER avançou 2,78 por cento, após a fabricante de aeronaves assinar com a companhia aérea Azul um acordo final para a encomenda firme de 30 jatos do modelo E195-E2, confirmando carta de intenções anunciada em julho do ano passado. O Credit Suisse destacou a notícia como marginalmente positiva.

=ITAÚ UNIBANCO caiu 1,21 por cento, BRADESCO perdeu 1,72 por cento e BANCO DO BRASIL, cedeu 1,6 por cento, novamente em meio à apreensão acerca do potencial efeito nos respectivos resultados se incluídas entre as medidas fiscais do governo federal a extinção do mecanismo de JCP e aumento na Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), conforme noticiado na mídia.

=CEMIG liderou as perdas do índice, com baixa de 5,7 por cento, após a área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter emitido nota em que recomenda não aceitação de pedido das hidrelétricas sobre ajustes no cálculo do déficit de geração relacionada à crise hídrica.

O mercado também aguarda para a próxima semana julgamento sobre a concessão da usina hidrelétrica de Jaguara, que a Cemig briga para prorrogar por mais 20 anos.

Ações de outras geradoras também fecharam em queda após a notícia da Aneel. A Reuters já havia publicado no final de abril que a Aneel não estava convencida de que o problema do déficit hídrico tenha o tamanho alegado pelas geradoras. CESP fechou em baixa de 4,27 por cento.

Texto atualizado às 18h18

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