Mercados

Bovespa fecha em alta após dados dos EUA

A Bovespa fechou em alta pelo terceiro pregão seguido, após dados aquém do esperado do mercado de trabalho norte-americano


	Bovespa: o Ibovespa subiu 1,47 por cento, a 50.619 pontos
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: o Ibovespa subiu 1,47 por cento, a 50.619 pontos (Marcos Issa/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2016 às 18h08.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira pelo terceiro pregão seguido, após dados aquém do esperado do mercado de trabalho norte-americano esfriarem apostas de elevação de juros nos Estados Unidos em junho.

A trajetória positiva foi apoiada principalmente no avanço das ações da Vale , em sessão de noticiário relativamente fraco no cenário doméstico e giro financeiro abaixo da média do ano.

O Ibovespa subiu 1,47 por cento, a 50.619 pontos. O volume financeiro do pregão somou 5,5 bilhões de reais.

Na semana, o índice de referência do mercado acionário brasileiro acumulou alta de 3,2 por cento. Após perder 10 por cento em maio, o Ibovespa começou junho com três pregões o azul.

Nos EUA, a criação de vagas de trabalho fora do setor agrícola ficou em apenas 38 mil em maio, o menor ganho desde setembro de 2010, informou o Departamento de Trabalho nesta sexta-feira.

"Pode ser que o mês de maio tenha apresentando algumas distorções pontuais, mas a profundidade da fraqueza apresentada nos detalhes dos números remete a uma evidente desaceleração do mercado de trabalho (nos EUA)", avaliou a equipe da Icatu Vanguarda.

Em nota a clientes, a gestora de recursos acrescentou que os números foram na direção de menor probabilidade de alta de juros nos EUA e, no curto prazo, menos pressão sobre os emergentes, como o Brasil.

No cenário doméstico, as atenções seguem voltadas para medidas efetivas do governo interino de Michel Temer e possíveis concessões para obter apoio político, assim como para o noticiário ligado à operação Lava Jato.

Para a equipe de economia do Morgan Stanley, é positivo o saldo dos eventos políticos e econômicos recentes no Brasil.

DESTAQUES

- VALE fechou com as ações ordinárias em alta de 8,63 por cento e com as preferenciais subindo 7,68 por cento, tendo como suporte a alta dos preços do minério de ferro à vista na China <.IO62-CNI=SI> após quatro quedas seguidas. Também no radar esteve o anúncio de que realizou o primeiro teste com um equipamento no pátio de minério de ferro do projeto S11D, que deverá começar a produzir a um custo menor na região de Carajás, no Pará, até o final do ano.

- CSN subiu 7,78 por cento, com ação da siderúrgica tendo o segundo melhor desempenho do Ibovepsa. Como tem um beta elevado, a ação normalmente oscila com mais intensidade na comparação com o Ibovespa.

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em alta de 2,02 por cento, apesar da fraqueza dos preços do petróleo , amparadas ainda na repercussão favorável a declarações do novo presidente da estatal na véspera. Em entrevista ao vivo à Rádio Gaúcha nesta sexta-feira, Pedro Parente disse que a estatal vai priorizar a atração de sócios para se capitalizar e tocar subsidiárias e projetos, ao invés de buscar somente a venda de ativos.

- FIBRIA recuou 7 por cento, com as fabricantes de papel e celulose na ponta negativa do Ibovespa, diante da queda de 1,74 por cento do dólar ante o real. A fabricante de aeronaves EMBRAER também foi afetada pelo movimento do câmbio e caiu 1,79 por cento.

Texto atualizado às 18h08

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Dólar fecha em R$ 5,73, maior valor em mais de dois anos: pessimismo com Copom impactou a divisa

BTG retira Petrobras (PETR4) da carteira para agosto, mas ainda se mantém no setor de petróleo

Ibovespa recua em dia de aversão a risco enquanto dólar bate R$ 5,73

Meta anima investidores com vendas acima da expectativa

Mais na Exame