A Bovespa terminou a sessão com alta de 1,22%, aos 59.805,96 pontos (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 17h38.
São Paulo - O superávit comercial chinês, o balanço da Alcoa e o esclarecimento da Fitch sobre o rating francês proporcionaram um dia de ganhos às ações ao redor do globo. Com a Bovespa não foi diferente e, empurrada pelos papéis ligados às matérias-primas, o índice flertou com os 60 mil pontos. Como ainda faltava uma razão mais forte para sustentar esse patamar, o fechamento ficou abaixo disso, mas foi o melhor nível desde 25 de julho do ano passado (59.970,54 pontos).
A Bovespa terminou a sessão com alta de 1,22%, aos 59.805,96 pontos. Na mínima, registrou 59.090 pontos (+0,01%) e, na máxima, os 60.112 pontos (+1,74%). No mês e no ano, os ganhos acumulados chegam a 5,38%.
O mercado acionário já disparou logo na abertura, até atingir a máxima do dia no início da tarde. O fôlego, no entanto, foi diminuindo nas duas horas finais da sessão. Segundo um profissional, a queda do dólar acabou servindo de freio à alta da Bovespa, já que, para o estrangeiro, o desempenho no mercado acionário é bem melhor.
Além do balanço da Alcoa - sem os fatores extraordinários, foi bem visto pelo mercado -, os investidores gostaram da balança comercial chinesa. Pequim apresentou um superávit de US$ 16,52 bilhões em dezembro do ano passado, acima dos US$ 7,8 bilhões esperados pelo mercado. A desaceleração das importações foi lida como um sinal de desaceleração da economia, o que pode forçar as autoridades a adotarem medidas de estímulo em breve.
Isso puxou as commodities para cima. O contrato do petróleo para fevereiro avançou 0,92% a US$ 102,24 o barril, na Nymex, pressionado também por tensões no Irã e na Nigéria. Também sustentou as ações o anúncio da Fitch de que não prevê um rebaixamento no rating triplo A da França neste ano.