Telão da Bovespa: o giro financeiro ficou em R$ 7,112 bilhões (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2012 às 18h06.
São Paulo - Depois de subir durante toda a manhã, a Bovespa engatou movimento de queda no início de tarde, mas, perto do fechamento, oscilou entre leves altas e baixas para terminar esta quarta-feira no terreno negativo. O recuo das blue chips - Petrobras e Vale - contribuiu para puxar o índice para baixo. Nos EUA, dados de vendas e construção de moradias vieram acima do esperado e ajudaram o mercado acionário em Wall Street e fechar em alta.
O Ibovespa encerrou com leve baixa de 0,25%, aos 61.651,83 pontos. No mês, o ganho é de 8,05% e, no ano 8,63%. Na mínima, o índice atingiu 61.519 pontos (-0,46%) e, na máxima, 62.514 pontos (+1,15%). O giro financeiro ficou em R$ 7,112 bilhões.
Após fechar estável na terça-feira, nesta quarta-feira a Bolsa praticamente repetiu o movimento, o que, segundo o operador de uma grande corretora, mostra a pouca disposição dos investidores em se manterem em ativos de grande risco.
As ações da Petrobras acompanharam a performance do petróleo no mercado internacional. O papel ON registrou recuo de 2,74% e o PN, -2,28%. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em outubro encerrou os negócios com declínio de 3,47%, a US$ 91,98 o barril. O petróleo acentuou a queda após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano, informar, pela manhã, que os estoques do país tiveram uma alta de 8,534 milhões de barris na semana passada, para 367,626 milhões de barris. Os analistas previam um acréscimo significativamente menor, de 500 mil barris.
Vale seguiu a maioria dos metais e o papel ON caiu 1,14% e o PNA, -1,10%. Os metais básicos fecharam, em sua maioria, em queda na London Metal Exchange (LME), influenciados por uma perspectiva incerta para os fundamentos, enquanto os investidores avaliavam um novo anúncio de relaxamento monetário divulgado pelo Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês).
Durante a madrugada, o BoJ anunciou que decidiu expandir sua política monetária. Por unanimidade, o conselho político do banco central japonês manteve inalterada a taxa de juros, em uma faixa entre 0% e 0,1%, e aumentou o tamanho de seu programa de compra de ativos, a principal ferramenta de flexibilização em meio a taxas de juros quase zero - de 70 trilhões de ienes para 80 trilhões de ienes.
Se por um lado as blue chips fizeram pressão para baixo, por outro os bancos conseguiram impedir uma queda maior do índice. Bradesco PN (-0,06%) foi a exceção. Já Itaú Unibanco PN subiu 1,97% e as units do Santander avançaram 1,50%. A ação ON do Banco do Brasil registrou apreciação de 1,97% e figurou entre os destaques de alta do Ibovespa, que foi liderado por Gol ON (+3,46%), seguida de Marfrig ON (+2,99%).
Já o lado negativo foi puxado por Localiza ON (-3,15%), que reagiu ao rebaixamento da recomendação do Morgan Stanley.
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com ganho de 0,10%, o S&P 500 subiu 0,12% e o Nasdaq, +0,15%.