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Bovespa cai, mas encerra julho com saldo positivo

Bovespa fechou com queda de 2,00%, aos 56.097,05 pontos, mas conseguiu acumular alta de 3,21% em julho

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 18h18.

São Paulo - Depois de três dias de alta, a Bovespa sucumbiu à realização de lucros e fechou o dia na mínima, com declínio de 2,00%, aos 56.097,05 pontos, mas conseguiu acumular alta de 3,21% em julho, feito que não acontecia desde fevereiro, quando a Bolsa registrou a última alta mensal (+4,34%). No ano, no entanto, o índice ainda não conseguiu sustentar os ganhos e caiu 1,16%.

Ao contrário dos últimos dias, quando a alta da Bolsa brasileira foi alimentada também pela expectativa de anúncio de estímulos econômicos por parte dos BCs esta semana, nesta terça-feira os investidores preferiram adotar a cautela à espera das possíveis decisões, o que levou os mercados acionários a encerrarem em queda nos EUA e na Europa.

Por aqui, a queda de cerca de 4% das ações da Petrobras também acabou contribuindo para a performance negativa do Ibovespa. "A piora da Petro estragou o bom humor para o rali que poderia ter de fim de mês", disse uma fonte.

Com isso, o Ibovespa atingiu a máxima de 57.466 pontos (+0,39%). O giro financeiro ficou em R$ 6,732 bilhões.


"O mercado viveu da expectativa de Mário Draghi (presidente do BCE) e do QE3 (estímulo monetário nos EUA). Hoje saíram indicadores dos EUA um pouco melhores e o mercado perdeu força", avaliou o operador institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro. O profissional não espera estímulos adicionais esta semana. "Não acredito que saia alguma coisa esta semana, ainda mais se continuar saindo indicadores um pouco melhores nos EUA e na China", disse.

O Federal Reserve, o BC norte-americano, começou nesta terça-feira sua reunião de dois dias para revisar juros. Os investidores querem saber se o Fed anunciará uma nova rodada de compra de títulos numa tentativa de estimular a economia dos EUA, cuja recuperação tem sido cambaleante. Na quinta-feira será a vez do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) fazerem seus anúncios de política monetária.

De volta para cá, no caso da Petrobras, o recuo é atribuído a especulações em torno do balanço da empresa, que será divulgado na sexta-feira, após o fechamento da Bolsa. Além disso, os papéis também foram influenciados pela queda do petróleo no mercado internacional. A ação ON caiu 4,52% e a PN, -3,99% e figuram entre os destaques de queda do índice. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em setembro 1,92% a US$ 88,06 o barril.

Vale também caiu seguindo seus pares no exterior. O papel ON perdeu 0,99% e o PNA recuou 0,84%, a queda não foi maior porque Usiminas (ON, +3,00% e PNA, +5,28%) e Siderúrgica Nacional (ON +3,34% )apresentaram uma boa performance e foram os principais destaques de alta do índice.

Em Nova York, o Dow Jones terminou com declínio de 0,49%, o S&P 500 perdeu 0,43% e o Nasdaq caiu 0,21%.

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