Mercados

Bovespa atinge maior nível em 3 meses com ajuda da Petrobras

Índice da bolsa encerrou com alta de 1,23 por cento, a 52.351 pontos, com giro financeiro de 9 bilhões de reais


	Petróleo da Petrobras: ações da petroleira haviam subido com força em meados de agosto devido à expectativa de um reajuste nos combustíveis
 (Sergio Moraes/Reuters)

Petróleo da Petrobras: ações da petroleira haviam subido com força em meados de agosto devido à expectativa de um reajuste nos combustíveis (Sergio Moraes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 17h55.

São Paulo - O principal índice da Bovespa avançou mais de 1 por cento nesta quinta-feira, descolado das bolsas norte-americanas, em sessão de alto giro financeiro com a influência positiva da Petrobras. O Ibovespa encerrou com alta de 1,23 por cento, a 52.351 pontos --maior nível de fechamento desde 6 de junho.

O giro financeiro da sessão foi de 9 bilhões de reais. Tanto a ação preferencial quanto a ordinária da Petrobras subiram mais de 3 por cento nesta sessão. Sete profissionais do mercado ouvidos pela Reuters não souberam apontar o motivo da alta, mas a maioria citou a volta de rumores sobre reajuste nos preços da gasolina e do diesel.

As ações da petroleira haviam subido com força em meados de agosto devido à expectativa de um reajuste nos combustíveis, que reduziria a defasagem dos valores praticados pela estatal. O aumento dos preços, no entanto, não se concretizou, o que fez o movimento perder força no mês passado.

Na terça-feira, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo ainda não cogita um reajuste no preço da gasolina para este ano. "Hoje estava com cara de que o mercado ia trabalhar próximo da estabilidade, mas, dado o seu peso no Ibovespa, a Petrobras acabou puxando para cima" afirmou o operador de renda variável Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management.

O índice fechou descolado das bolsas dos Estados Unidos, que tiveram ganhos apenas residuais, com investidores relutantes em fazer grandes apostas antes da divulgação do relatório de emprego do país na sexta-feira e com a perspectiva de um ataque liderado pelo Ocidente contra a Síria ainda incerta.

Segundo operadores, a queda do dólar ante o real neste pregão também foi um catalisador de ganhos para alguns papéis, como o da companhia aérea Gol, que tem diversos custos em moeda estrangeira. No outro sentido, os papéis das empresas de siderurgia Gerdau e Usiminas, que exportam e concorrem com importados, recuaram.

Já ação da Sabesp teve a maior alta do índice, de 10,6 por cento. Segundo um operador, o movimento foi sustentado por notícias sobre a possível aprovação de um reajuste tarifário da companhia de saneamento com base na inflação.

Para o analista Flávio Conde, da Gradual Investimentos, o aumento da posição comprada de investidores estrangeiros no Ibovespa futuro foi outro fator importante para a bolsa.

"Eles estão hoje com cerca de 20 mil contratos positivos, e chegaram a ter 165 mil negativos em abril. Isso mostra claramente que uma das pernas do mercado, e talvez a mais importante, está apostando em uma subida", afirmou Conde.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame