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Bovespa abre em queda sob cautela com economia externa

O vencimento de índice futuro pode trazer volatilidade aos negócios ao longo da semana, bem como os últimos resultados financeiros do segundo trimestre deste ano

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 10h28.

São Paulo - Em dia de agenda econômica fraca, a Bovespa deve acompanhar nesta segunda-feira o exterior, onde os índices acionários oscilam em uma margem estreita, porém com ligeiro viés negativo, em meio a preocupações com a recuperação global. O vencimento de índice futuro, na quarta-feira, pode trazer volatilidade aos negócios ao longo da semana, bem como os últimos resultados financeiros da safra de balanços do segundo trimestre deste ano. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,56%, aos 58.948,90 pontos.

Para a equipe de analistas da Um Investimentos, o tom é de "cautela", após dados econômicos japoneses aumentarem os receios com a desaceleração econômica mundial. "Expectativas por ações do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed) permanecem", ponderam.

Mais cedo, o Japão anunciou crescimento econômico de 1,4% no segundo trimestre deste ano, ante igual período do ano passado, abaixo da expectativa de +2,7%. O PIB japonês, vale lembrar, é divulgado após dados fracos sobre a atividade da China.

Já na Europa, o resultado relativamente bem-sucedido de um leilão de títulos da Itália, embora com yield (retorno ao investidor) mais alto do que no leilão anterior, trouxe algum alívio. A queda do Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia, por sua vez, não provocou fortes reações.

Às 10h05, a Bolsa de Paris subia 0,21% e a de Frankfurt, +0,09%. Em Nova York, o futuro do S&P 500 tinha leve queda de 0,09% no mesmo horário e o do Nasdaq, -0,04%.

Os negócios locais também são influenciados pelo "jogo" entre "comprados" (aposta na alta) e "vendidos" (aposta na baixa) por causa do vencimento de Ibovespa futuro na quarta-feira. Na última sexta-feira, ele já contribuiu para a alta do índice à vista acima dos 59 mil pontos, na maior pontuação desde 11 de maio.

Para um operador de renda variável, que falou sob a condição de não ser identificado, "está nítido que os investidores não estão querendo deixar a Bolsa cair". "Na ausência de notícias ou dados expressivos, o Ibovespa pode manter a inércia de alta. A realização ocorre mais durante a sessão", conclui.

O operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, avalia que o desempenho dos negócios locais "dependerá da posição dos investidores estrangeiros", lembrando que eles reduziram a posição "comprada" para 18.954 contratos em aberto na sexta-feira, de 20,5 mil contratos em aberto nessa estratégia um dia antes. "Além disso, monitoramos China e EUA", acrescenta.

O governo federal anuncia nesta segunda-feira medidas para estimular o desenvolvimento da cadeia de petróleo, gás e naval. As iniciativas, que integram o Plano Brasil Maior e serão apresentadas na Petrobras, no Rio, com a presença da presidente da estatal petrolífera, Graça Foster, podem repercutir entre as blue chips.

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